Em 31 março de 1998 o Jornal da Manhã trazia na capa e no recheio a notícia de que o prefeito - à época - Marcos Montes liderou grupo de 40 empresários
A chegada do gasoduto em Uberaba é uma demanda muito mais antiga do que aparenta. Em 31 março de 1998, ou seja, há quase 13 anos, o Jornal da Manhã trazia na capa e no recheio a notícia de que o prefeito – à época – Marcos Montes liderou um grupo de 40 empresários até Belo Horizonte para uma audiência com o então governador Eduardo Azeredo a fim de pleitear a passagem do duto Brasil-Bolívia pelo Triângulo e especialmente pelo município.
De lá pra cá muito se falou, mas de prático pouco se avançou, a não ser depois que a Petrobras anunciou que iria instalar uma planta de amônia e ureia no país, notícia que ser tornou pública em 2010. Sede da Vale Fertilizantes (novo nome da Fosfertil, empresa do Grupo Vale), Uberaba viu renascer as esperanças de receber o gasoduto e partiu para pleitear o empreendimento da empresa, já que ambos são interdependentes e, na prática, configurarão um boom de desenvolvimento para o município e a região.
O então governador de Minas Aécio Neves e seu sucessor, Antonio Anastasia, reeleito para o cargo, se comprometeram com a obra do duto ainda no ano passado, e o passo mais aguardado agora é a assinatura do protocolo de intenções. Marcos Montes revela que recebeu uma ligação do chefe do Executivo mineiro, anteontem, agendando a assinatura do documento para o dia 21 de janeiro – faltando apenas a confirmação da Petrobras –, porém a data não está fechada, segundo a assessoria do Palácio Tiradentes.
Ainda tratada como pré-agenda, a assinatura do protocolo entre a Cemig (que tocará a obra do duto) e a Petrobras deverá acontecer no dia 22, um sábado. Vale citar que desde novembro o procedimento vem sendo marcado e desmarcado. MM observa que esses adiamentos aconteceram por incompatibilidade de agendas, mas reforça a união das lideranças de Uberaba pela efetivação das obras. “O Governo de Minas está fazendo um esforço muito grande e colocou o gasoduto como prioridade desde quando o assunto da planta de amônia e ureia surgiu”, destaca, acrescentando que serão investidos R$500 milhões.
O deputado deixou inclusive as diferenças políticas de lado ao citar que o próprio prefeito Anderson Adauto (PMDB) tem trabalhado para trazer os empreendimentos, que, em sua opinião, vão marcar o início de uma nova era na cidade e na região, comparável à instalação da Fosfertil em 1981.
AA compartilha da mesma visão e assegura que a Prefeitura vai preparar a cidade para receber o gasoduto e a planta de amônia e ureia e toda a gama de profissionais e negócios que virá na sequência.