Há menos três meses do prazo-limite para entrega do orçamento de 2011 à Câmara Municipal, ainda não se percebe movimentação para ouvir demandas da comunidade. Criação da assessoria de orçamento participativo este ano trouxe expectativas sobre o projeto, porém há dúvidas de que a população poderá opinar na forma de aplicação dos recursos para o próximo ano.
O secretário municipal de Planejamento, Karim Abud Maud, assegura que a comunidade participará da elaboração do orçamento. Entretanto, dado ao tempo escasso, ele pondera que o trabalho deve ser restrito a menos bairros. “Talvez não seja possível escutar todos os bairros, mas ouviremos a demanda de alguns. Até para aprender a fazer”, salienta.
Karim explica que equipe da secretaria está visitando cidades onde o orçamento participativo está implantado para verificar o funcionamento. Segundo ele, também já foram feitos os primeiros contatos com lideranças comunitárias para formatar o sistema.
Por outro lado, o secretário ainda aguarda reunião com o prefeito em exercício para definir o percentual que será destinado para contemplar as reivindicações da sociedade. Dessa resposta depende o acerto sobre o total de ações a serem levantadas pela população.
O modelo inicial prevê a distribuição dos bairros em 12 grandes regiões para audiências na área urbana. Já na zona rural serão cinco regionais. Cada grupo elencaria as principais demandas. Por fim, seria realizada audiência geral, com delegados das regionais, para votar quais ações entrariam no orçamento. A peça orçamentária para 2011 precisa estar pronta até 15 de outubro.