Por questões financeiras, projeto de reforma do Mercadão sofre cortes
A antiga construtora foi embora de Uberaba sem levar sequer os restos da obra do Mercadão (Foto/Reprodução)
Após construtora abandonar o canteiro de obras no início do ano, Prefeitura abriu nova licitação para selecionar empresa para concluir a reforma do Mercado Municipal. O contrato está orçado em R$4.082.895,26 e as interessadas em participar da disputa tem prazo até 1º de agosto para encaminharem propostas de preço, segundo edital resumido publicado na noite desta sexta-feira (23).
O documento completo só estará disponível apenas a partir de segunda-feira (27), mas o secretário municipal do Agronegócio, Aguinaldo Silva, adiantou à reportagem do Jornal da Manhã que o edital prevê um prazo de 10 meses para concluir a obra.
O titular da pasta também confirmou que foram alguns serviços foram suprimidos do escopo da reforma, pois a verba restante não seria suficiente para executar todo o projeto original. Segundo ele, o novo edital não prevê a troca do piso interno do Mercado. “O piso atual será apenas polido. Como não vamos retirar o piso, também não vamos mexer na rede de esgoto dentro do mercado”, salientou.
Além disso, o secretário informou que foi feito um redimensionamento do elevador a ser instalado no Mercado. Ao invés do equipamento tradicional, optou-se pelo modelo menor e específico para cadeirantes. “Essa mudança não foi por questão financeira, mas sim por conta do espaço. O que estava previsto inicialmente não era adequado para o pé direito do imóvel”, acrescentou.
O valor estimado da licitação para finalizar a obra do Mercadão está um pouco acima da proposta apresentada pela vencedora do processo licitatório anterior. Em junho do ano passado, a Construtora Elis, de Goiás, venceu a concorrência ao oferecer R$4.028.178,95 para executar a reforma do Mercado. Agora o montante estimado é de R$4.082.895,26.
Apenas 10% do projeto de reforma do imóvel foi executado pela empresa goiana, com pagamento de aproximadamente R$600 mil. O contrato estabelecia 10 meses para concluir o serviço, mas a construtora paralisou as atividades no fim do ano passado e depois abandonou definitivamente o canteiro de obras.
Após tentativas de negociação, a Prefeitura formalizou a rescisão contratual em março. As demais empreiteiras classificadas no processo licitatório foram consultadas, mas rejeitaram a possibilidade de assumir o restante da obra.