A precariedade das instalações da Polícia Civil em Uberaba e a deficiência no atendimento do Instituto Médico Legal foram discutidas ontem no plenário da Câmara.
Por mais de duas horas, delegado regional Francisco Gouveia, acompanhado do delegado corregedor Renato Alcino, e o subsecretário de Saúde, Gilberto Magnino, responderam aos questionamentos dos vereadores.
O regional abriu o debate afirmando estar espantado com as instalações da corporação para uma cidade do porte de Uberaba. Por meio de requerimento da Câmara, de iniciativa de Marcelo Borjão (PMDB) e Luiz Dutra (PDT), enviado ao governador Aécio Neves, um engenheiro da capital foi designado para avaliar a situação.
Francisco Gouveia afirmou estar a reforma do prédio da regional avaliada em R$ 1,4 milhão, sendo descartada sob a ótica profissional. O prédio, muito antigo, ficaria aquém do ideal.
O subsecretário Gilberto Magnino informou ter o prefeito Anderson Adauto (PMDB) sinalizado o aporte de 50% do valor da obra, assumindo também a demolição do prédio atual. O restante será de responsabilidade do Estado.
Por enquanto não é possível estimar o custo total, tendo em vista a necessidade de ter projeto concluído para efetuar os cálculos. Magnino confirmou que a prefeitura e Estado convencionaram a construção do novo IML, cujo projeto está em fase de elaboração, com expectativa de ser licitado ainda este ano.
Quanto à contratação de pessoal, o delegado Francisco Gouveia disse não ser possível realizar concursos nos próximos meses em face da legislação eleitoral, mas a possibilidade de ampliar de três para dez médicos-legistas irá agilizar a liberação de corpos, principal alvo de reclamação das famílias enlutadas.