Chefe do Executivo reconhece que grande parte da população não tem condições de arcar com os valores cobrados para sepultamentos no local
Cemitério Memorial Parque é concessão pública e somente têm benefícios fora da tabela pessoas em vulnerabilidade social comprovada (Foto/Reprodução)
Prefeitura busca entendimento com concessionária para viabilizar preços mais acessíveis para sepultamentos no cemitério parque. Em recente entrevista à Rádio JM, a prefeita Elisa Araújo (PSD) reconheceu que grande parte da população não tem condições para arcar com os valores cobrados e existe a necessidade de encontrar uma solução, mas o contrato de concessão impõe limitações.
De acordo com a chefe do Executivo, o cemitério parque tem custo mais alto e o valor não é acessível por pessoas de baixa renda que não se enquadrem nos critérios de vulnerabilidade. “Quem não tem muito recurso fica num limbo em que não tem onde fazer o sepultamento do seu ente querido porque não tem condições e não encaixa no parâmetro para solicitar o enterro social”, salientou.
Segundo a prefeita, tratativas estão em andamento com a concessionária para buscar solução para o gargalo. “O que a gente precisa construir e estamos dialogando bastante com o cemitério parque para que promovam algo que seja mais acessível a essa população de media e baixa renda que não está enquadrada em situação de vulnerabilidade, porque essa comunidade precisa ter opções”, manifestou.
No entanto, Elisa argumentou que um estudo de viabilidade foi feito para embasar a concessão e o documento referenda os valores cobrados atualmente no cemitério parque. Por isso, é necessário que haja concordância da empresa quanto a uma possível revisão na tabela de preços. “Há uma análise sendo feita e um diálogo para flexibilizar a questão dos valores, mas existe estudo de viabilidade que mostrou que o que eles praticam estava dentro do contexto. Então, depende muito se vão aprovar [a proposta]”, manifestou.
A chefe do Executivo ainda ressaltou que quando assumiu a Prefeitura, em janeiro de 2021, a concessão já estava sacramentada por lei. Por isso, a atual gestão não poderia simplesmente voltar atrás e optar pela construção de um novo cemitério público. “A gente já chegou com isso amarrado. A gente não teve como fazer”, salientou.
Conforme a prefeita, o que foi possível fazer de imediato como medida paliativa foi apenas derrubar o decreto que proibia novos sepultamentos nos cemitérios públicos.
Elisa adiantou que agora deve ser feito um geoprocessamento dos dois cemitérios públicos para identificar onde existe a possibilidade de fazer manejos para liberar vagas e atender parte da população que não tem condições financeiras para adquirir áreas no cemitério privado.