Prefeitura suspende adiantamento de R$ 1,5 milhão do subsídio às empresas

Antecipação de parcelas do subsídio foi suspensa pela Prefeitura porque concessionárias de ônibus informaram que recurso não garantiria negociação salarial com trabalhadores. A informação é do secretário municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes, Glorivan Bernardes, justificando o motivo de o pagamento anunciado não ter se concretizado.

Na semana passada, a Prefeitura comunicou que anteciparia as parcelas do subsídio de outubro, novembro e dezembro para as empresas de transporte coletivo, totalizando, com este mês, a liberação de R$2 milhões de uma vez no dia 14 de setembro.

O secretário posicionou que havia um entendimento claro de que a liberação da verba era para evitar uma greve no transporte coletivo. No entanto, após o anúncio, ele relatou que representante das concessionárias declarou que o adiantamento não seria suficiente para avançar na negociação salarial com os trabalhadores. “Para nossa surpresa, na última reunião, fomos informados que os custos estavam elevados e foram feitas as contas e o recurso que estaríamos fazendo a antecipação não daria para garantir esse acordo com o sindicato”, acrescentou.

O titular da pasta ainda justificou que a posição das empresas levou à suspensão do adiantamento do subsídio. “O nosso esforço político é para viabilizar o acordo. Se não vai garantir, não podemos fazer o pagamento. Como vou justificar todo o esforço nosso aqui para antecipar, que era justamente para evitar a greve, se não vai me dar garantia de que o recurso vai viabilizar proposta da empresa para o sindicato”, questionou.

Por outro lado, Bernardes manifestou que a Prefeitura continua buscando uma conciliação com a empresa. Segundo ele, uma nova reunião está marcada na terça-feira (27) com as concessionárias e a Procuradoria-Geral do Município para voltar a tratar sobre a antecipação do subsídio. “Esperamos obter garantias de que esse recurso antecipado será utilizado para alguma proposta salarial para um acordo com os motoristas”, disse.

Apesar de reconhecer que não há impedimento para que os motoristas deflagrem o movimento grevista antes da data, o secretário espera que haja bom senso dos integrantes do sindicato para aguardar. “Está todo mundo imbuído numa solução, para que a gente volte a sentar à mesa depois do dia 27. Além disso, deve ter outras informações e outros dados para agregar inclusive como aporte de subsídio federal. Isso pode mudar consideravelmente a disposição da empresa”, acrescentou.

Caso a greve seja declarada nos próximos dias, o titular da pasta manifestou que será cobrado que seja mantido o mínimo de 60% da frota em operação, conforme estabelecido pela Justiça do Trabalho.