PRECISA AMPLIAR

Presidente da Codau diz que falta de saneamento pode travar cidade

Sem ampliar o abastecimento de água e a capacidade de tratamento de esgoto, a cidade estaria impedida de aprovar qualquer outro empreendimento imobiliário

Gisele Barcelos
Publicado em 09/05/2024 às 21:09
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A capacidade de tratamento de água da cidade, segundo o presidente da Codau, estaria no limite, não permitindo mais expansão (Foto/Divulgação)

Sem ampliação de abastecimento de água e de tratamento de esgoto, a liberação de novos loteamentos pode ficar inviável em Uberaba. A afirmação é do presidente da Codau, Rui Ramos, que defendeu a contratação de empréstimo para a construção de poços profundos e uma nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).

Em entrevista à Rádio JM nesta quinta-feira (9), o dirigente da autarquia posicionou que o sistema público está no limite e não haveria condição de expedir certidões para novos loteamentos, além dos projetos já aprovados. “Não temos condição de expedir nenhuma diretriz de um novo loteamento porque não temos capacidade de ter água e nem tratar o esgoto com nosso sistema atual hoje [...] Se a gente não fizer a captação de recurso e não fizer esses investimentos, nós não temos condição de liberar mais nenhum novo empreendimento em Uberaba”, manifestou.

Segundo Ramos, a incapacidade de atendimento pelo sistema público demandaria que o investimento fosse assumido pelos empreendedores, o que levaria ao aumento de custos e até poderia resultar na migração de projetos para outras cidades. Ele estima que o aporte na estrutura de abastecimento e esgoto gira em torno de R$700 mil a R$1 milhão para um condomínio pequeno. “O loteador vai colocar no custo dele que vai ter que fazer o poço e fazer uma estação de tratamento exclusiva do empreendimento [...] Se ele achar que fica inviável, ele não vai fazer em Uberaba. Vai para Uberlândia, vai para Araxá, vai para Ribeirão Preto”, disse.

O diretor de Desenvolvimento e Saneamento, Giovanni Molinero, acrescentou que existem 35 diretrizes para novos loteamentos aprovadas na região Sul de Uberaba, entre a MG-427 e a avenida Filomena Cartafina, totalizando a projeção de 31 mil unidades habitacionais. Porém, o sistema público já não teria condições para atender todos os projetos. “Dessas unidades, para 11 mil já estamos com soluções individuais para tratamento de esgoto devido à incapacidade nossa para tratar esgoto de todos esses novos empreendimentos”, informou.

Molinero ponderou que, diante da situação, é preciso aguardar se os empreendimentos seguirão em frente ou não. No entanto, caso o loteador decida dar continuidade e fazer a estrutura própria, isso representará perdas em arrecadação para a companhia no futuro. “Além de não conseguir disponibilizar o sistema público para tratamento para o empreendedor, no futuro a Codau também vai deixar de obter esse recurso da coleta e tratamento de esgoto”, salientou.

O projeto referente ao empréstimo para a construção de poços profundos e uma nova ETE estava previsto para ser votado esta semana na Câmara Municipal, mas a apreciação em plenário foi adiada. A expectativa é que a matéria retorne à pauta da sessão de segunda-feira (13).

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