A captação de recursos financeiros continua sendo um desafio para a Fundação Municipal de Esportes e Lazer (Funel), e o presidente da instituição, Carlos Dalberto Júnior (Belzinho), vê com bons olhos o projeto do Naming Rights, aprovado recentemente na Câmara Municipal.
No entanto, ele ressalta que a viabilidade de negócios precisa ser estudada, especialmente no caso do estádio Engenheiro João Guido (Uberabão). “É importante esse projeto de lei, porque as pessoas precisam entender que necessitamos de investimentos, e o Uberabão deve ser um atrativo”, ressalta o presidente da Funel.
Parte dessa viabilidade está associada à disponibilidade de criar novos espaços e atender novas demandas. “As Arenas não são mais só para futebol. De segunda a domingo, têm restaurantes, cafeterias, lojas, museus do esporte. Outros têm projetos de construção de hotéis e centros de conferências. Então, são estruturas criadas para atrair empresas a investir e para fazer as pessoas se interessarem. É um trabalho em cima de uma concessão. Temos que avaliar se no Uberabão temos espaço para fazer lojas, para criar projetos etc.”, explicou.
O projeto, que permite vender o nome de praças esportivas, foi aprovado na primeira reunião ordinária deste mês de março, a partir do projeto (PL 66/25) do vereador Caio Godoi, que altera a Lei Municipal nº 12.208/2015. O Naming Rights recebeu 18 votos favoráveis e a iniciativa agora aguarda a sanção da prefeita Elisa Araújo.
Alguns exemplos
Atualmente, 11 times brasileiros estão inseridos na política de Naming Rights. Como exemplo, a Neo Química Arena, estádio do Corinthians, cujo contrato de Naming Rights, em 2020, com a empresa farmacêutica, trouxe investimentos significativos para o clube.
Outro caso é o São Paulo que, em 2023, fez um acordo com a Mondelez para a venda do Naming Rights do estádio do Morumbi. O estádio passou a ser chamado de "Morumbis", em referência ao chocolate Bis, uma das marcas da empresa.