Concluída a formação do ministério que tomará posse em 1° de janeiro, juntamente com a presidente eleita Dilma Rousseff, e seu partido, o PT, ficou com a maior fatia do primeiro escalão do governo. Dos 37 cargos, nada menos do que 17 cadeiras serão dos petistas, uma delas, do único mineiro a entrar na seleta lista: o ex-prefeito de Belo Horizonte, candidato derrotado ao Senado nas eleições deste ano, Fernando Pimentel, que será ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Considerando a formatação, o PT vai administrar, em verbas de orçamentos livres, a bagatela de R$56 bilhões.
As negociações com os 12 partidos aliados visando a composição dos ministérios demandaram 37 dias e, mesmo assim, o PMDB saiu insatisfeito com seu quinhão. A legenda terá seis pastas, menos poder e recursos que na gestão Lula. As demais siglas aliadas ganharam o equivalente ao que têm hoje. Um terço do novo Executivo já trabalha no atual governo.
A grande novidade é a presença de nove mulheres no comando dos ministérios: Ideli Salvati (Pesca); Maria do Rosário (Direitos Humanos); Mirian Belchior (Planejamento); Tereza Campelo (Desenvolvimento Social); Iriny Lopes (Políticas para as Mulheres); Luiza Bairros (Igualdade Racial) – todas do PT –, Helena Chagas (Comunicação Social), e Isabella Teixeira (Meio Ambiente), as duas últimas sem partido.