Quatro vereadores postulam sucessão de AA

As eleições municipais de 2012 ainda estão longe de acontecer, mas a sucessão do prefeito Anderson Adauto (PMDB) tem mobilizado muitas lideranças com e sem chances de chegar ao Executivo. É fato que ninguém é candidato de si mesmo, pois para colocar um nome em uma disputa majoritária como essa é fundamental ter grupo político e apoios, muitos apoios.

A grande maioria dos interessados em ocupar o posto já é filiada a algum partido político, condição indispensável para se pensar na disputa. Ser conhecido do eleitor também ajuda na hora de articular uma candidatura.

Pelo menos quatro vereadores já disseram publicamente do sonho de se sentar na cadeira de prefeito de Uberaba e três deles integram a base aliada do atual Govern Almir Silva (PR), Tony Carlos e Marcelo Machado Borges, o Borjão, ambos do PMDB.

Da oposição surge o nome de João Gilberto Ripposati, que declarou ontem que se houver ambiente favorável, está pronto para ajudar a olhar por Uberaba. “Tenho um sentimento de amor e muita responsabilidade pela cidade. Se meu nome for lembrado, estou pronto para discutir”, assegurou.

Seu partido, o PSDB, disputou e perdeu as duas últimas eleições municipais, tendo como cabeça de chapa o deputado estadual Fahim Sawan. Seu aliado histórico, o Democratas, deverá manter a aliança, entretanto, são fortes os indícios de que poderá pleitear a indicação do candidato. Mas o partido terá que encontrar alguém de peso, se for mantida a posição do principal nome da legenda na cidade, deputado federal Marcos Montes, de que está firme no propósito de não disputar a eleição. 

MM diz que vai ajudar a cidade encontrando um nome de bem para o cargo, citando que, entrando fevereiro, deverá se dedicar às articulações junto ao seu partido e os aliados. Para ele, Uberaba precisa fazer uma reciclagem no poder, mesmo opinião já expressada pelo atual detentor do cargo de prefeito. Nesse sentido, se encaixariam os nomes dos quatro vereadores, já que nenhum deles tem experiência no Executivo. Tony e Borjão terão que enfrentar e superar as divergências internas com o diretório local do PMDB, com quem tiveram atrito público durante as eleições de 2010.

Além disso, é preciso considerar que Anderson Adauto é o principal cacique do partido na cidade e, portanto, a escolha do seu sucessor passará diretamente por ele. Almir Silva queria sair candidato a deputado estadual ano passado e declinou da ideia porque teria recebido a proposta de ser o nome do PR – e do grupo que sustenta o comando municipal – na disputa. Ele já sinalizou que está preparado e não tem medo de sair candidato.

Nessa corrida, ainda é importante destacar a opinião do presidente da Câmara, Luiz Dutra (PDT), de que o Grupo dos Sete, do qual faz parte, poderá indicar um postulante para as eleições de 2012. Questionado se ele pode ser o nome para o pleito, Dutra não respondeu nem sim e nem não.