RESÍDUOS SÓLIDOS

Receitas com reaproveitamento do lixo podem reduzir a tarifa

Contrato prevê que faturamento proveniente do processamento do lixo, como gás, energia e reciclagem pela coleta seletiva, deve ser contabilizado e abatido na tarifa cobrada do contribuinte

Gisele Barcelos
Publicado em 01/02/2024 às 21:40
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A concessionária já tem um aterro com tecnologia para geração de biomassa a partir do lixo, o que poderá gerar receita com a venda do gás (Foto/Reprodução)

Receitas geradas a partir do reaproveitamento do lixo podem viabilizar queda na tarifa de coleta dos resíduos sólidos até 2025. Em entrevista à Rádio JM, o presidente do Convale (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Regional), Renato Soares, manifestou que existe a perspectiva de redução já no primeiro ano de operação da concessionária.

No projeto da concessão, está prevista a implantação de tecnologia para o reaproveitamento energético a partir do lixo. Com isso, a empresa poderia ter receitas extraordinárias com a venda de energia gerada e, também, com combustível derivado de resíduos.

De acordo com o presidente da Convale, a concessionária tem um aterro particular com tecnologia implantada para geração de biomassa a partir do lixo e a estrutura passará a ser utilizada quando for esgotada a capacidade do aterro municipal de Uberaba. Desta forma, ele salienta que a empresa poderá ter receitas extras com a venda do gás gerado a partir dos resíduos sólidos e o valor seria aplicado nos cálculos referentes à tarifa de lixo.

Além disso, Soares ressaltou que a concessão estabelece um cronograma “agressivo” para a implantação da coleta seletiva em 100% das cidades no prazo de cinco anos, com a previsão de avanço significativo já no primeiro ano e isso também pode viabilizar receitas extraordinárias. “A partir do momento que começa a tirar material nobre e dar destino adequado, toda essa receita entra como acessória. A gente já tem previsão de que no primeiro ano tenha receita acessória e há perspectiva grande de a tarifa baixar, inclusive no primeiro ano”, revela.

O contrato com a concessionária do gerenciamento regional do lixo foi assinado há mais de um ano, porém, a ordem de serviço para o início da prestação de serviços saiu somente no mês passado e de forma parcial. Por enquanto, a empresa está atendendo somente Uberaba. Outros sete municípios também fazem parte do contrato.

A justificativa para não emitir a ordem de serviço para atendimento às oito cidades de uma vez foi pelas dificuldades para fechar os contratos de gestão comercial, que estabelecem a relação entre o banco, a concessionária e a companhia de saneamento de cada cidade para divisão dos valores referentes a cada uma das partes depois do pagamento da fatura pelo consumidor.

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