Vice-governador Mateus Simões projeta folga orçamentária para reajustar os vencimentos só seja alcançada no ano que vem
A afirmação foi revelada pelo vice-governador Mateus Simões (Novo) em entrevista ao Café com Política, na FM O TEMPO (Foto/Reprodução/Canal O Tempo)
Em entrevista ao Café com Política, na FM O TEMPO, nesta terça-feira (27/06), o vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo), falou sobre a preocupação do Governo de Minas com eventuais perdas de arrecadação decorrentes da reforma tributária e reafirmou que não há orçamento para reajustar os salários de todas as categorias dos servidores estaduais.
No final de maio, o Executivo apresentou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) uma proposta de reajuste de 12,48% para as carreiras da educação, mas alega que não há recursos para atender às reivindicações de aumento do restante do funcionalismo.
Sobre as alternativas para ampliar a arrecadação, ele assegurou que não haverá aumento de impostos “porque a situação em Minas já é de depressão econômica da classe trabalhadora, então se aumentar imposto acaba aumentando o custo de vida das pessoas” e explicou que as expectativas para os próximos meses são de “aceleração da atividade econômica”.
O vice-governador ainda disse que “a boa notícia é que no ano passado a gente cresceu mais do que o Brasil e esse ano a gente continua crescendo um pouquinho mais nos relatórios trimestrais que foram apresentados. A expectativa é que isso possa nos dar folga. Eu tenho convicção que no ano que vem essa folga existirá porque essa é uma conta de acumulação e se eu não tiver nenhuma frustração no ano que vem eu tenho a folga da recomposição inflacionária e eu acho que não vamos ter nenhuma grande surpresa para o ano que vem”.
Mateus Simões também comentou que cenários inesperados no final do ano passado impactaram a arrecadação prevista para o estado. O vice-governador comentou que tinha “absoluta certeza que seria possível pagar a recomposição inflacionária do ano passado, de 5,8%, para todo o funcionalismo”, porém, a mudança na regra de tributação dos combustíveis e da energia levou a uma perda de R$ 6 bilhões em arrecadação.
“Além disso, no finalzinho do ano, acabou não se votando a renovação da tributação sobre supérfluos, que custou mais R$ 1 bilhão para o governo de Minas. Essas duas coisas juntas consumiram o limite de caixa que a gente tinha para falar em recomposição”, pontuou o vice-governador.
Fonte: O Tempo