Secretária de Saúde, ao centro; o analista de regulação, Irálio Fedrigo, e a diretora de regulação e auditoria, Eunice Rocha, durante entrevista na Rádio JM (Foto/Reprodução)
Com implementação de sistema de regulação ambulatorial, tempo de espera para exames como ressonância pode ser reduzido para até 60 dias na rede pública. A expectativa é da secretária municipal de Saúde, Valdilene Rocha, que concedeu entrevista à Rádio JM e falou sobre medidas adotadas para agilizar a marcação de procedimentos.
De acordo com a titular da pasta, a criação de um sistema de regulação ambulatorial começou a ser discutida no ano passado e a medida foi implementada a partir de maio deste ano. A ideia é que os casos de todos os pacientes inseridos na fila eletrônica sejam analisados por um núcleo composto por médicos e enfermeiros. Seguindo critérios clínicos, os profissionais identificam as prioridades das solicitações para direcionarem a marcação de consultas e exames. “O objetivo é a qualificação da fila eletrônica”, posicionou.
A secretária explicou que o núcleo de regulação ambulatorial começou a atuar com as pacientes com gestação de alto risco, em que era observada uma das maiores filas de espera com mulheres de Uberaba e região aguardando a primeira consulta. Segundo ela, com mudança na metodologia, não existem pessoas aguardando vaga.
Conforme Valdilene, gradativamente o sistema de regulação ambulatorial passará a ser utilizado em mais especialidades. No momento, o foco é avançar com ressonância, vascular, a oftalmologia e a fisioterapia. “Nunca trabalhamos com zerar uma fila porque teria que fechar todos os equipamentos de saúde. Estamos trabalhando para ter uma fila para atendimento em tempo hábil. A ressonância, por exemplo, às vezes fica um ano, dois anos e até três anos aguardando. Queremos que se torne tempo hábil de 30 a 60 dias para atender esses pacientes”, manifestou.
Junto ao sistema de regulação ambulatorial, a secretária salientou que um trabalho está sendo feito com os hospitais para analisar a série histórica para mensurar a necessidade de aumento de número de vaga e também para identificar casos que não precisam mais estar no ambiente hospitalar para liberar vagas. “O paciente fica fidelizado e não abre vaga nova. Se ele está estabilizado e só precisa renovar a receita, pode voltar para a atenção básica e ser acompanhando no postinho. Com isso, abre vaga para outros”, destacou.