Representantes da categoria não foram chamados pelo governo para a retomada da negociação salarial e movimento tem continuidade nesta quarta-feira
Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Martinho Pereira, durante a manifestação ontem diante do Centro Administrativo (Foto/Divulgação)
Funcionalismo deu início à greve com aproximadamente 200 servidores mobilizados na porta do Centro Administrativo na terça-feira (19), mas representantes da categoria não foram chamados pelo governo para a retomada da negociação salarial no primeiro dia do movimento. A mobilização continua nesta quarta-feira (20).
De acordo com as informações do SSPMU (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba), a concentração na porta do Centro Administrativo será mantida ao longo do segundo dia de ato e a adesão dos trabalhadores, esperada a partir das 8 horas.
O líder sindical, Martinho Pereira, afirmou que a greve seguirá por tempo indeterminado até que a negociação salarial seja retomada pela Prefeitura. Segundo ele, ainda não houve qualquer sinalização da prefeita Elisa Araújo para receber os representantes do funcionalismo novamente. “Não tem data para terminar nossa greve. Só quando a prefeita chamar para negociar para terminar o movimento. Estamos aguardando que a prefeita seja mais sensível com o servidor e chame para negociação”, disse.
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O sindicalista criticou a proposta oferecida pela Prefeitura, de reajuste salarial de 3,71% e aumento de 4% no tíquete-alimentação, mas não adiantou o índice mínimo que a categoria poderia aceitar para o encerramento da greve.
Em meio aos cartazes e faixas levantados durante o ato na porta do Centro Administrativo, a reportagem do Jornal da Manhã verificou servidores que defendiam um índice de reajuste em torno de 7%. O percentual viabiliza a recomposição da inflação acumulada de 2023 e um pequeno aumento real.
Além de gritos de palavras de ordem, discursos foram feitos ao longo da mobilização para questionar a revisão do plano de carreira do magistério e do restante do funcionalismo. Participantes reafirmaram que apenas algumas carreiras foram beneficiadas pelos projetos elaborados pelo governo municipal e aprovados na Câmara quase no fim do ano passado.