POSICIONAMENTO

Secretário de Administração diz que Prefeitura deu o possível e não pretende judicializar movimento

Gisele Barcelos
Publicado em 19/03/2024 às 21:01Atualizado em 20/03/2024 às 07:24
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Governo não planeja inicialmente acionar a Justiça para encerrar a greve do funcionalismo, mas descartou chamar os sindicalistas para nova rodada de negociação salarial. Em entrevista à Rádio JM nesta terça-feira, o secretário municipal de Administração, Carlos Dalberto de Oliveira Júnior – Belzinho, argumentou que a proposta oferecida está dentro das condições financeiras da Prefeitura e não há condições de avançar mais.

O titular da pasta posicionou que compreende a posição dos servidores ao pleitear um índice de reajuste maior, porém defendeu que a proposta é o que está dentro da capacidade atual do município e ressaltou que a situação foi apresentada de forma clara aos representantes do funcionalismo. “O que foi oferecido a eles é o que a Prefeitura consegue pagar. Não tem condições de oferecer mais alguma coisa. Deixamos bem claro isso”, argumentou.

O secretário inclusive justificou que a proposta está adequada aos critérios estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e com os cuidados específicos devido ao fechamento de exercício. “A gente sabe que todo mundo quer um pouco a mais, mas o que é permitido nesse momento é isso. Sabemos da nossa responsabilidade”, disse, citando que a Prefeitura segue em dia com o pagamento tanto dos servidores quanto dos fornecedores.

Descartando medidas extremas como o corte de ponto dos servidores grevistas para enfraquecer o movimento, o secretário declarou que a paralisação é um direito do trabalhador. “Não pensamos em descontar nada em folha”, assegurou.

No entanto, o titular da Administração salientou que não há perspectiva de voltar à mesa de negociação sobre o reajuste. “Não temos situação nova”, disse.

Questionado, o secretário manifestou que acredita que não haverá necessidade de chegar a ponto de adotar medidas judiciais para encerrar a greve. Segundo ele, a expectativa é que o impasse na negociação salarial seja resolvido a partir da consciência do funcionalismo sobre conquistas já asseguradas na atual gestão. Entre os avanços, Belzinho citou o aumento do tíquete-alimentação nos últimos anos e os reajustes salariais feitos em 2022 e 2023, além de medidas como a quitação das férias prêmio retidas. “Acho que é a consciência do servidor. O que podia avançar avançou”, reforçou.

Além disso, o secretário salientou que uma comissão já foi criada para um processo de revisão periódica do plano de carreira e o grupo conta inclusive com a participação de sindicalistas. “Os estudos continuam para que no futuro seja melhorado algo a mais”, finalizou. 

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