Descontentes com o não pagamento do reajuste do salário mínimo para servidores assalariados da Prefeitura, sindicalistas não descartam a possibilidade de paralisar atividades como forma de pressionar a administração. Até mesmo o Sindicato dos Educadores Municipais (Sidemu) considera aderir ao movimento, apesar da categoria não ser atingida pela decisão. O assunto ainda não foi levado para apreciação do funcionalismo e depende de aprovação do grupo em assembleia. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, José Jorge da Silva, até o momento a intenção é tentar todas as negociações possíveis de forma pacífica. No entanto, a chance de paralisar o serviço não é afastada. “Se houver necessidade e concordância da categoria, podem ser tomadas medidas mais drásticas. Ainda estamos tentando ver quais alternativas jurídicas temos”, completa. Já o representante do Sidemu, Adislau Leite da Silva, explica que os professores não serão afetados pela decisão porque a questão salarial é regida conforme o piso nacional. Mesmo assim, ele informa que ofício foi protocalado ontem na Prefeitura pedindo a retratação da secretária de Administrações, pois nenhum comunicado prévio foi enviado ao sindicato. “Os funcionários estão indignados e estão criticando o silêncio do sindicato. Mas não tínhamos conhecimento”, destaca. Além disso, Adislau informa que o Sidemu não descarta aderir à paralisação em apoio à categoria num geral. Porém, qualquer definição será tomada somente após convocar assembleia e levar a pauta aos educadores. Quanto ao Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Purificação e Distribuição de Água (Sindae), a presidente Fabíola de Castro afirma estar preocupada com o anúncio da PMU. Entretanto, ela declara que antes de qualquer manifestação, precisa discutir o assunto com a diretoria. Reunião está marcada para hoje e assembleia está prevista para a próxima semana. Ele prefere não adiantar se paralisação estará em pauta. A diretoria do Codau, através da assesssoria de imprensa, informou ontem que vai seguir a mesma diretriz da Prefeitura, pois o órgão pertencente à administração municipal. Ontem, o vereador Marcelo Machado Borges (PMDB) contatou os sindicalistas para manifestar apoio ao grupo. O parlamentar disponibilizou a assessoria jurídica para analisar as súmulas do Supremo Tribunal Federal que embasaram a decisão da PMU. Segundo Borjão, os textos não proíbem o prefeito de dar o reajuste do mínimo no vencimento básico dos servidores. “O prefeito se diz aliado do governo Lula, então porque não acompanha as medidas do governo em prol do trabalhador?”, questiona.