Sindicatos querem 29,83% de aumento

A busca de benefícios para o funcionalismo municipal em 2011 pela primeira vez mobilizou três sindicatos e a Câmara Municipal. A pauta foi discutida ontem à tarde na sala de reuniões do Paço Municipal, reunindo dirigentes sindicais e oito vereadores.

A discussão foi precedida por três assembleias que apontaram um pedido de reajuste salarial de 29,83%, sendo 19,83% de reposição das perdas inflacionárias e mais 10% de aumento real. O percentual previsto no orçamento do próximo ano é de apenas 5%.

Os sindicalistas reivindicam ainda plano de saúde subsidiado pela Prefeitura, antecipação da data-base para janeiro e majoração do tíquete-alimentação.   

Juntos, os sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Uberaba (SSPMG), dos Educadores do Município (Sindemu) e dos Trabalhadores da Indústria da Purificação e Distribuição de Água e Serviços de Esgoto (Sindae) congregam cerca de oito mil funcionários.

Participaram o presidente da Câmara, Lourival dos Santos (PCdoB), Itamar Ribeiro (DEM), Samuel Pereira (PR), Marcelo Machado Borges (PMDB), José Severino Rosa (PT), Cléber Cabeludo (PMDB), Almir Silva (PR) e Carlos Godoy (PTB).

Ao abrir a reunião, o presidente do SSPMU, Luís Carlos dos Santos, ratificou ser a presença dos sindicalistas em cumprimento ao compromisso assumido com os vereadores e, por consequência, conseguir apoio para as negociações com o governo municipal.

Os sindicalistas também reconheceram ser ínfima a participação dos servidores municipais nas assembleias. A desmobilização é fruto, segundo eles, das poucas conquistas obtidas ao longo dos últimos tempos devido às desavenças de gestões anteriores com o governo municipal.

Os servidores também receiam, conforme afirmações, sofrer represálias em caso de participação direta nas lutas sindicais, aliadas ao pouco conhecimento sobre as verdadeiras funções de uma entidade sindical.

Ao final da reunião, as diretorias dos três sindicatos protocolaram suas pautas na Prefeitura de Uberaba. Nos próximos dias, o próprio Legislativo se encarregará de pedir uma primeira reunião com o prefeito Anderson Adauto (PMDB) para discutir as reivindicações.