LEGISLATIVO

Solução para falta de limpeza nas escolas é cobrada na Câmara

Com falta de profissionais na área de serviços gerais, em algumas escolas professores estariam usando parte do tempo das aulas para organizar e limpar salas

Gisele Barcelos
Publicado em 06/04/2024 às 16:38Atualizado em 07/04/2024 às 08:42
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Com reclamações frequentes sobre falta de auxiliar de serviços gerais nas escolas da rede municipal, Legislativo cobrou esclarecimentos da Prefeitura sobre as medidas adotadas para assegurar a limpeza das unidades escolares.

Requerimento aprovado em plenário na última semana solicita que a administração municipal apresente informações sobre o déficit atual de servidores para a limpeza das unidades e também as providências previstas para suprir a carência de pessoal.

Autora do documento, a vereadora Rochelle Gutierrez (PDT) argumentou, que a falta dos servidores para a limpeza atinge diretamente o cotidiano das unidades e até interfere na rotina de trabalho dos professores. “A limpeza acaba ficando muito prejudicada e interfere na questão escolar porque muitas vezes o professor tem que usar parte da aula para ajudar na organização da sala e da limpeza, algo que nem é sua atribuição”, posicionou.

Vereadora Rochelle Gutierrez cobra posicionamento da Prefeitura sobre as providências adotadas para a situação (Foto/Jully Borges/CMU)

No requerimento, a parlamentar ressaltou as queixas encaminhadas ao gabinete sobre a falta de profissionais de limpeza em algumas unidades da rede municipal e questionou se a Prefeitura está ciente da carência de servidores que atuam no serviço. Ela ainda cobrou dados sobre a quantidade de auxiliares de serviços gerais disponíveis na rede e qual a estimativa de déficit em cada escola ou Cemei.

O documento ainda requer um posicionamento sobre as medidas adotadas para manter a limpeza das unidades escolares que estão com falta no quadro de profissionais, bem como informações sobre os planos para sanar a falta dos auxiliares de serviço geral no quadro da rede municipal.

Educação admite problema

Prefeitura confirmou déficit de trabalhadores braçais para o atendimento da rede municipal de ensino, mas informou que processo seletivo está sendo preparado para preencher as lacunas e suprir a demanda das unidades de ensino.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação manifestou que, atualmente, são 490 trabalhadores braçais lotados em unidades de ensino da rede municipal. Porém, desse grupo de servidores, 106 têm restrições no trabalho e 53 estão afastados devido a questões de saúde. Desta forma, balanço do Setor de Recursos Humanos aponta a necessidade de, pelo menos, mais 143 trabalhadores para suprir a demanda atual da rede.

Para preencher as lacunas no quadro de pessoal, a pasta comunicou que trabalha na abertura de processo seletivo para contratar os funcionários necessários. “Atualmente, a proposta está em fase de ajustes orçamentários e, depois deste processo, será possível acertar os detalhes para publicação do edital”, continua a nota.

A reportagem do Jornal da Manhã ainda questionou se a terceirização do serviço ainda estava sendo cogitada pela administração municipal. A proposta havia sido defendida pela ex-secretária de Educação, Sidnéia Zafalon, e o atual titular da pasta, Celso Neto, declarou no ano passado que o estudo sobre a contratação de empresa seria retomado. Porém, até o momento, não houve abertura de licitação.

Em resposta, a Secretaria de Educação posicionou que a possibilidade de terceirização da conservação das escolas ainda está em análise, mas a prioridade é a contratação por meio do processo seletivo para suprir a demanda.

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