Novas Zonas de Processamento de Exportação (ZPE), aprovadas pelo governo federal, mostram que Uberaba ainda não conseguiu reverter posição desfavorável ao município. Conselho de Ministros entende que as ZPEs devem priorizar regiões menos desenvolvidas. A posição exclui a maioria dos projetos do Sul e Sudeste. Na semana passada, a equipe técnica liberou zonas de exportação para Senador Guiomad, no Acre, e Aracruz, no Espírito Santo. As novas decisões, entretanto, não abalam o ânimo do assessor de projetos estratégicos da Prefeitura, Carlos Assis. Ele analisa que a conquista não é fácil e até o próprio governo é cauteloso na avaliação das propostas. “Prova é que não liberaram uma ‘renca’ de uma vez”, acrescenta.
De acordo com o assessor, a ZPE Uberaba continua em análise e reuniões periódicas estão sendo feitas nos ministérios para convencer sobre a prioridade do município. O assessor destaca que existem obstáculos porque a região é considerada de alta renda. Porém, Assis destaca que a argumentação da PMU é justamente sobre o fraco desempenho no comércio externo. “Uberaba, desde a fundação, tem a vocação agropecuária e se desenvolveu nisso. Mas esse segmento voltado para o mercado interno. E estamos chegando a uma posição de saturação pecuária e agrícola. Já no produto manufaturado, com vistas à exportação, temos déficit”, pondera, e salienta que a ZPE agregaria valor à produção do município.