Uberaba se prepara para uma nova experiência turística, com a inauguração da Rota dos Museus Orgânicos, prevista ainda para este ano. A iniciativa pioneira na região vai reunir sete espaços, no primeiro momento, que representam a memória viva e o trabalho de mestres da cultura local, valorizando saberes tradicionais e fomentando a economia criativa.
De acordo com a diretora de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação (Sedec), Maria Aparecida Basílio, o projeto foi inspirado em experiência de sucesso, desenvolvida pelo Geoparque Araripe, no Ceará, com o apoio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
“Já apresentamos o projeto ao Ministério Público e tivemos reunião com o Ibram, que deve visitar Uberaba nos próximos dias para acompanhar as etapas finais de implantação da rota. A proposta é transformar os próprios espaços de trabalho dos mestres da cultura em museus vivos, onde o visitante terá contato direto com o processo de criação, produção e histórias que moldam a identidade de Uberaba”, explicou, durante entrevista ao Pingo do J, da Rádio JM.
Além da seleção inicial (confira quadro), a rota será expandida futuramente com a inclusão de novos espaços, como o galpão do paleoartista Rodolfo Nogueira, que ainda está em fase de estruturação.
Cada local receberá sinalização, com placas descritivas em dois idiomas e também em braile, garantindo acessibilidade. Além disso, os próprios mestres definiram quais dias estarão abertos para visitação, proporcionando uma experiência personalizada ao público. Tais datas serão divulgadas após o lançamento do roteiro, previsto para setembro ou outubro deste ano. “O modelo é inovador, porque não se trata de uma exposição estática. O produto é a memória viva, o contato direto com quem faz”, destacou Maria Aparecida.
A ideia é que, além de conhecer os espaços, os visitantes também possam adquirir os produtos feitos por esses mestres da cultura, gerando renda e fortalecendo o turismo de base. Segundo a diretora, os primeiros seis meses após a abertura serão fundamentais para medir os resultados e impactos do projeto, com a expectativa de que novos mestres da cultura local sejam incorporados à rota com o tempo.