Proposta de extinguir o Senado Federal do país, baseada na difusão do monocamerismo, parte de Uberaba
Proposta de extinguir o Senado Federal do país, baseada na difusão do monocamerismo, parte de Uberaba e, de forma paulatina, começa a fomentar o debate em âmbito nacional. Iniciativa é policial militar reformado que também integra o Grupo dos Sete (G-7), coronel Heli Araújo da Silveira.
Em texto enxuto já distribuído a 150 instituições brasileiras, ele bate pesado naquela Casa de Leis, justificando ser o Senado “palco de um festival de incompetência, imoralidade, nepotismo e excesso de gastos aliados à prestação de serviço questionável”.
Ainda segundo o argumento, cerca de 1/3 dos parlamentares está envolvido em inquéritos ou denúncias de corrupção. Avançando na análise, o militar reformado enfatiza que o Senado tem emperrado a tramitação de leis de interesse da Nação.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, Heli Araújo disse estar alicerçado em propostas internacionais sobre o assunto, diante da existência de 133 países adotantes do monocamerismo, ou seja, apenas a Câmara Federal. Como exemplo citou a Noruega, que, segundo ele, detém o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Sintetiza a proposta ser o Legislativo essencial ao processo democrático brasileiro, mas o Senado é dispensável. Uma Câmara, em seu entender, traduz economia, é mais progressista, democrática e capaz de aferir maior representatividade.
Ao finalizar a mensagem, o integrante do G-7, que ainda não se posicionou oficialmente sobre sua iniciativa, afirma que a extinção do Senado não traduzirá a “salvação” da crise política brasileira. Defende a reforma política e distribuição do orçamento milionário do Senado para corrigir as desigualdades sociais.
Inspirado na Câmara dos Lordes da Inglaterra, o Senado brasileiro foi criado em 1824 e tem atualmente 81 parlamentares, cuja atribuição é fiscalizar as ações do presidente, vice e dos ministros de Estado, também elaborando leis de interesse da Nação.