(Foto/ Arquivo JM)
Após consolidação da nova gestora à frente das UPAs e reabertura da unidade do Mirante, a prefeita Elisa Araújo (SDD) posicionou que o prédio da UPA São Benedito deve ser fechado temporariamente para adaptações e os pacientes direcionados para atendimento na UPA provisória, instalada no bairro Mercês.
De acordo com a chefe do Executivo, a estrutura da UPA São Benedito já passou por uma reforma para atender às exigências do Ministério da Saúde e voltar a receber custeio federal, mas ainda existem melhorias que precisam ser feitas no prédio e o remanejamento dos atendimentos para outro local facilitaria a execução do trabalho. “Assim que for definido o volume dessas intervenções, nós estamos de acordo com essa mudança [de endereço temporário]. Já trabalhamos com esse modelo de UPA provisória e permaneceríamos com unidade ao lado do Hospital Regional até que a obra da São Benedito fique pronta”, adiantou.
No entanto, a prefeita salientou que não é possível antecipar datas para o fechamento temporário da UPA São Benedito, porque a nova entidade gestora está em fase de ambientação e tem a prioridade de colocar a unidade do Mirante em operação novamente. “Ainda não temos previsão de datas porque ainda é um período de transição e isso precisa ser bem planejado para não fazer nada demorado e nem mal feito”, declarou.
Já a secretária municipal de Saúde, Valdilene Rocha, esclareceu que as obras previstas são com vistas a um futuro processo de acreditação da UPA São Benedito, que consiste na certificação da qualidade da assistência por uma entidade externa.
Integrante da equipe técnica da nova gestora, o médico Frederico Ramos relembrou que o prédio da UPA São Benedito foi inicialmente um hospital e a estrutura foi construída há décadas, seguindo normas existentes na época. Segundo ele, os regulamentos agora são diferentes e o imóvel precisa passar por mais adequações para atender aos novos critérios.
O profissional argumentou que seria mais complicado executar as intervenções na estrutura em meio ao atendimento de pacientes, pois imprevistos podem ocorrer durante a obra e causar transtornos na prestação de serviços. “Por exemplo, se mexer numa rede elétrica e causar apagão para a unidade inteira. Caso tenha um paciente que esteja com uso de equipamento para mantê-lo vivo, não podemos correr esse risco. Então, o ideal é deslocar o atendimento para outra unidade”, declarou.
Questionado, Ramos manifestou que ainda não existe uma previsão de investimento necessária para a reestruturação do prédio ou prazo para execução das obras. Segundo ele, a avaliação ainda será feita pela equipe posteriormente para apresentar a programação à Secretaria Municipal de Saúde.