Simone Tebet é Ministra do Planejamento e Orçamento do governo Lula (Divulgação/PT)
O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi oficializado na história do Brasil como "golpe", apesar de o afastamento da então chefe do Executivo ter sido aprovado pelo Congresso Nacional e presidido pelo Supremo Tribunal Federal, exatamente como manda a Constituição Federal. Contudo, apesar do rito, o governo federal alterou a história para reclassificar o episódio durante a posse da nova gestão da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), cuja página oficial também trata dessa forma o processo de afastamento da ex-presidente.
Na ocasião, o processo foi aprovado na Câmara dos Deputados por 367 votos a favor e 137 contra. No Senado Federal, o afastamento foi confirmado, sendo que apenas 20 dos 61 senadores votaram contra. Contudo, entre os votos favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff constam nomes de atuais ministros do governo Lula.
No Senado, apenas o de Simone Tebet (MDB), atual ministra do Planejamento e Orçamento, que é do mesmo partido do ex-presidente Michel Temer. Já na Câmara dos Deputados, votaram a favor do afastamento de Dilma os agora ministros Juscelino Filho (das Comunicações), e André de Paula (Pesca e Aquicultura).
Além disso, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o secretário de Comunicação Social, Paulo Pimenta, e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos, votaram contra o afastamento de Dilma.