O vereador Marcelo Borjão (PMDB), reagiu indignado à declaração do prefeito e seu correligionário, Anderson Adauto, que o chamou de coitado por ter denunciado o diretório
O vereador Marcelo Machado Borges, o Borjão (PMDB), reagiu indignado à declaração do prefeito e seu correligionário, Anderson Adauto, que o chamou de coitado por ter denunciado o diretório municipal da legenda por infidelidade partidária durante o pleito de 2010. Em entrevista ao Jornal da Manhã, AA disse que o peemedebista acionou a Executiva estadual do partido por desconhecimento das resoluções internas – que, segundo ele, lhe deram o direito de apoiar nomes de outras siglas – e sua denúncia não vai dar em nada.
Para Borjão, “coitado é aquele que quer distorcer a realidade visando ao próprio interesse”, em referência direta ao fato de que AA apoiou José Luiz Alves, candidato a deputado estadual pelo PSL (que não conseguiu se eleger) e agora alega que o comando estadual da sigla assim o permitiu.
O vereador cita que a Resolução 02/2010, assinada pelo presidente do PMDB, deputado federal Antônio Andrade, e pelo secretário-geral Antônio Júlio Faria, é bastante clara para quem sabe ler: “A Direção Estadual comunica a todos os seus órgãos municipais e aos ocupantes de cargos eletivos pelo partido que torna-se obrigatório o apoio a candidaturas majoritárias do PMDB e coligações, bem como aos candidatos à eleição proporcional (deputados federais e estaduais), sob pena de ser instaurado processo disciplinar pelo órgão competente, nos termos do Estatuto e do Código de Ética”.
Conforme Borjão – que está em viagem de férias com a família –, o texto em nenhum momento fala de preferência por um candidato proporcional, mas de apoio a todos os candidatos. “Ignorância pode ser circunstancial ou intencional, depende do seu grau e objetivo”, completou o vereador, que é filiado ao PMDB desde 1984. Ele concorda com o prefeito quanto ao fato de a formação do partido ser de correntes muitas vezes antagônicas, demonstrando ser uma legenda democrática e historicamente engajada na política, contudo dispara que o PMDB não tem dono, tem lideranças. Por isso, prossegue, é muito importante que seus líderes e filiados estejam a serviço do partido no país, em Minas e em Uberaba, e não desse ou daquele político.
Marcelo Borjão ainda afirma para concluir: “Nunca abrirei mão de meu direito à indignação e defesa de meus princípios, mesmo nadando contra a corrente provocada por aqueles conformistas que acham que a política é assim mesmo. Se a experiência me mostrar, ao longo do tempo, que na política realmente vale tudo, prefiro me retirar da vida pública”.