Ao fazer uma análise do cenário que vem sendo traçado para a sucessão municipal do ano que vem, o vereador João Gilberto Ripposati (PSDB) diz que “vai levar [a Prefeitura] quem se organizar melhor até as eleições”. Nessa linha ele defende que o seu partido invista em uma participação mais ativa junto à comunidade para obter subsídios a fim de elaborar um programa de governo com foco nas reais necessidades da população.
Conforme Ripposati, o eleitor está cada vez mais consciente e vai escolher entre aqueles nomes que representam propostas coerentes. Questionado se no município a classe média também será o alvo das campanhas – a exemplo da “briga” entre PT e PSDB em âmbito nacional –, o tucano pondera que “está querendo saber quem e quantos são em Uberaba os integrantes dessa faixa”. E mais: Ripposati defende o resgate da eleição com caráter popular, que, em sua opinião, se perdeu com o fim do mandato do ex-prefeito Wagner do Nascimento (1982-1988). Desde então, prossegue, a política ficou muito elitizada em Uberaba, focada em grupos.
Além disso, o tucano entende que o pleito de 2012 será dos novos valores e tanto a situação quanto a oposição estão no mesmo patamar, ou seja, precisam se renovar. Ele estima que a disputa pela PMU deverá ter pelo menos cinco candidatos, e, por todo esse contexto, diz acreditar que, no ano que vem, Uberaba vai, de fato, inaugurar o segundo turno nas eleições municipais.
Quanto à declaração do deputado federal Marcos Montes (DEM) de que a condução do processo sucessório passará por suas mãos – enquanto base aliada do Governo do Estado –, Ripposati considera que “houve um excesso de entusiasmo”. Segundo ele, todos têm liberdade para falar, mas é preciso preservar a ética com os parceiros.