Fim da Lei Delegada foi aprovado em sessão ordinária realizada ontem na Câmara de Vereadores. Projeto estava para ser votado desde julho
Fim da Lei Delegada foi aprovado em sessão ordinária realizada ontem na Câmara de Vereadores. Projeto estava para ser votado desde julho, quando o vereador Antônio dos Reis Gonçalves Lerin (PSB) colocou a proposta para tramitação.
A Lei Delegada dava autonomia ao Executivo para tomar medidas sem a necessidade de passar pela aprovação da Câmara de Vereadores e foi inserida na Lei Orgânica do município em 2005 para que o prefeito Anderson Adauto (PMDB) realizasse reformas administrativas no início da sua gestão.
O projeto recebeu parecer de inconstitucionalidade por dois membros da Comissão de Justiça, Legislação e Redaçã Cléber Cabeludo (PMDB) e Tony Carlos (PMDB). Já o vereador Almir Silva considerou a proposta constitucional. Depois de discussão, o parecer de inconstitucionalidade foi derrubado pela maioria. Apenas Carlos Alberto de Godoy (PTB) e Cléber Cabeludo (PMDB) não foram favoráveis à decisão.
Para o vereador Lerin, a inserção da emenda na Lei Orgânica teve repercussão negativa junto à sociedade uberabense. O vereador tucano João Gilberto Ripposati concordou com o colega, afirmando que o prefeito criou 17 projetos de lei sem passar pelo Legislativo e, como ponto negativo da lei, ele citou a extinção da Secretaria Municipal de Planejamento. Ripposati lembrou que, depois de quatro anos, o prefeito reparou o erro, recriando a pasta. Para o vereador, o voto para acabar com a lei é mais político do que técnico, tendo em vista a validade da lei, já vencida.
Vereadores favoráveis ao projeto destacaram ainda que o fim da lei não prejudicará o trabalho da administração municipal e ainda vai fortalecer o Poder Legislativo. Apesar de votar pela permanência do parecer de inconstitucionalidade, Godoy afirmou que votaria pela extinção da lei, desta forma o projeto foi aprovado por 11 votos. Apenas Cléber Cabeludo votou pelo não e Samuel Pereira (PR) se absteve. Vereador Tony Carlos não participou da votação porque se retirou do Plenário ainda no início da sessão por problemas de saúde.