O prefeito Anderson Adauto recebeu vereadores em seu gabinete na tarde de ontem para discutir emendas orçamentárias a portas fechadas. Depois de mais de duas horas de reunião, o grupo não chegou a um consenso.
De acordo com o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças da Câmara Municipal, Jorge Ferreira (PMN), a cobrança para cumprimento no repasse dos valores destinados a cada vereador junto ao prefeito foi generalizada. Além do aumento no valor das emendas definidas em R$ 250 mil, os parlamentares ainda pediram ao prefeito Anderson Adauto (PMDB) que elas sejam cumpridas, diferente do que aconteceu durante este ano, onde nenhum dos vereadores recebeu os valores prometidos a entidades assistenciais.
O prefeito concordou com os parlamentares e explicou que este foi um ano difícil. Como os vereadores querem exatidão da administração municipal quanto ao prazo para repasse dos recursos, AA só dará a resposta na segunda-feira. Ficou decidido que o secretário de Governo, Antônio Sebastião de Oliveira, irá ao Plenário levar a decisão do Executivo.
Jorge Ferreira admitiu que não percebeu interesse da parte do prefeito em aumentar os valores, mas afirmou que se o repasse das emendas for cumprido em tempo hábil, já será suficiente para os vereadores contemplarem entidades escolhidas por cada um.
Por outro lado, a comissão decidiu prorrogar mais uma vez o prazo para os vereadores entregarem suas emendas. “Temos que saber primeiro qual será o posicionamento do prefeito”, salientou Ferreira. Sendo assim, a entrega do documento ficará para quinta-feira (26).
Emendas coletivas. Na opinião do vereador Jorge Ferreira, o ponto positivo da reunião foi a sugestão do prefeito em contemplar os vereadores com algumas obras de forma coletiva, dando a eles a oportunidade de serem os responsáveis por meio de emendas coletivas.
Laticínio. Outro assunto que tomou conta da reunião foi a instalação de mais um laticínio em Uberaba, o Uberlat. Projeto já está em tramitação na Câmara, mas alguns vereadores se posicionaram contra. Marcelo Machado Borges (PMDB), por exemplo, afirma que não é favorável porque a população não quer e ainda definiu a escolha do local como rixa política, referindo-se às eleições para a presidência de outro laticínio em Uberaba, onde o idealizador do novo projeto saiu derrotado. “Havia outros dois locais para instalação da indústria, por que foi escolher logo o Valim de Melo?” – questiona o vereador.
Apenas os vereadores Tony Carlos (PMDB) e Itamar Ribeiro de Rezende (DEM) não participaram da reunião.