MATEUS SIMÕES

Vice-governador não crê que TCU peça recontagem de tráfego da 262

Mateus Simões entende que Tribunal de Contas tem poder para questionar o levantamento, mas considera as chances mínimas

Gisele Barcelos
Publicado em 28/03/2024 às 19:42Atualizado em 29/03/2024 às 10:44
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Posicionamento do vice-governador Mateus Simões foi externado durante entrevista ao Pingo do J, da Rádio JM (Foto/Rafaella Massa)

Posicionamento do vice-governador Mateus Simões foi externado durante entrevista ao Pingo do J, da Rádio JM (Foto/Rafaella Massa)

Apesar de articulações feitas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), o vice-governador Mateus Simões (Novo) não acredita que o órgão se manifestará pela recontagem de tráfego na BR-262 e solicitar a revisão do projeto de concessão para incluir a duplicação da rodovia de Uberaba a Nova Serrana.

Simões considerou que foram importantes as reuniões das lideranças regionais com os ministros do TCU para sensibilizar quanto a situação real do tráfego na rodovia e a necessidade da duplicação para a segurança dos motoristas.

O vice-governador salientou que o órgão tem poder efetivamente para questionar o momento da contagem de tráfego que embasou a nova concessão, já que o estudo ocorreu durante a pandemia de Covid-19 e quando a circulação de pessoas estava reduzida.

Apesar de esperar que o TCU solicite um novo levantamento antes de dar seguimento à relicitação da BR-262, Simões ponderou que as chances são mínimas. “Pode questionar e espero que faça, mas eu me surpreenderei porque não vi história da ação do TCU incluir obrigações nas concessões”, manifestou.

De acordo com o vice-governador, o que é observado geralmente é o Tribunal retirar exigências ou mesmo trechos do projeto de concessão, alegando que não haveria viabilidade econômica para o contrato se manter. Ele até citou que a situação foi observada recentemente no leilão da BR-381. Inicialmente, o seguimento da BR-262 no Estado do Espírito Santo fazia parte do projeto, mas foi retirado, por orientação do TCU.

Para Simões, o governo de Minas não tem a opção de não aceitar a concessão da BR-262, mesmo que seja apenas com a implantação da terceira faixa nos trechos mais críticos do trajeto entre Uberaba e Nova Serrana.

No entanto, o vice argumentou que a rodovia está em condições tão críticas que somente as melhorias no pavimento com a nova concessão já seriam um avanço. Por isso, ele espera que o processo seja realizado ainda este ano pelo governo federal. “Pagar um pedágio para não ter estrada igual está é um absurdo. Se fizer o leilão e pelo menos pavimentar, porque entre Araxá e Uberaba tem trecho que dá medo de passar... Então, se tiver asfalto, incrivelmente, já estou até comemorando a essa altura”, finalizou. 

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