Segundo AA, os representantes da Yara no Brasil inclusive estiveram em Oslo está semana para discutir com a direção internacional da empresa sobre o empreendimento (Foto/Reprodução)
Yara Fertilizantes pode assumir investimento para retomar implantação da fábrica de amônia em Uberaba. A informação foi revelada pelo ex-prefeito Anderson Adauto, que participa das tratativas junto ao governo federal sobre o empreendimento.
A construção da planta de amônia começou em 2014, mas foi interrompida no ano seguinte. Desde então, lideranças políticas da cidade buscam um investidor privado para assumir o empreendimento e terminar a obra.
Em entrevista à Rádio JM, nessa sexta-feira (29), Adauto informou que diversas reuniões já aconteceram com os dirigentes da Yara no Brasil e também no exterior, havendo aceno positivo em relação ao investimento para a retomada do projeto.
Segundo AA, os representantes da Yara no Brasil inclusive estiveram nesta semana em Oslo, na Noruega, para discutirem com a direção internacional da empresa sobre o empreendimento. “Temos uma probabilidade muito forte de ter a Yara como investidora e operadora da planta de amônia em Uberaba”, declarou.
O ex-prefeito salientou que a empresa já está com decisão tomada para construção de duas novas fábricas de amônia, porém, até então, a perspectiva era o investimento todo nos Estados Unidos. Agora, o Brasil está sendo colocado nos planos da multinacional. “Acredito que encontramos o parceiro certo. A Yara é a maior empresa de fertilizantes do mundo. Cada planta custa 2 bilhões de dólares. Então, não é um aporte para qualquer um”, argumentou.
A retomada da planta de amônia é considerada um dos investimentos âncora para viabilizar o gasoduto até o Triângulo Mineiro, ao lado de uma usina termoelétrica e da fábrica de biocombustíveis. Segundo AA, o projeto geral deve ser apresentado até o fim de outubro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para definir qual será a contribuição do governo federal.
Em reunião esta semana no Ministério de Minas Energia, Anderson apresentou em Brasília o projeto para viabilizar o gasoduto até o Triângulo Mineiro, juntamente com investidores que pretendem construir o duto, empresários que estudam a instalação de termoelétrica em Uberaba e os representantes da empresa interessada em construir a fábrica do metanol, biodiesel e querosene de aviação.
Questionado, o ex-prefeito informou que os três empreendimentos e outras unidades industriais em Uberaba consumiriam em torno de 6 milhões de metros cúbicos/dia de gás. Além disso, Adauto salientou que o traçado do duto passa pelo interior de São Paulo e a estimativa é que cerca de 4 milhões de metros cúbicos/dia sejam utilizados por municípios paulistas. Segundo ele, o volume total já assegura demanda para viabilizar o investimento na construção do ramal do gasoduto até a região do Triângulo.