Ao dar bom dia a seguidores neste sábado (1º), governador cita fala atribuída ao líder do Partido Nacional Fascista da Itália
Romeu Zema, governador de Minas Gerais (Foto/Gil Leonardi/Estado de MG)
O governador Romeu Zema (Novo) compartilhou, neste sábado (1º), em uma rede social, uma frase do líder fascista Benito Mussolini (1883-1945). Mussolini, que liderou o Partido Nacional Fascista da Itália, foi primeiro-ministro entre 1922 e 1943. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi um dos principais aliados de Adolf Hitler quando a Itália, ao lado do Japão, integrou a aliança então conhecida como Potências do Eixo.
Ao dar bom dia aos seguidores, Zema publicou o trecho “fomos os primeiros a afirmar que, quanto mais complexa se torna a civilização, mais se deve restringir a liberdade do indivíduo”. O governador, que, nessa sexta-feira (30), cumpriu agenda em Araxá e Tapira, no Alto Paranaíba, e, neste sábado, não tem agenda oficial.
Corriqueiramente, Zema publica frases na rede social quando dá bom dia e boa noite aos seguidores. Na sexta, por exemplo, o governador havia citado o sacerdote britânico John Henry Newman (1801-1890). “O mal prega tolerância até que se torne dominante. A partir daí, ele procura silenciar o bem”, compartilhou Zema.
Questionado por O TEMPO, o governo justificou que a citação foi postada como “um alerta sobre os riscos de um estado inchado, com altas cobranças de impostos e gastos desregulados, mas sem capacidade de investimentos básicos para a população”. Em sequência, o Palácio Tiradentes disse que, “na prática, quanto mais burocrático e complexo o estado for, maiores serão os riscos de colocar em xeque as liberdades”.
De acordo com o governo, Zema é “um defensor das liberdades individuais”, incluindo “o direito de ir e vir e o acesso à propriedade privada e às eleições livres, condições possibilitadas apenas pela democracia”. “O governador Romeu Zema reafirma seu compromisso com a democracia e com um estado que sirva às necessidades do povo, sobretudo, sempre com o intuito de melhorar a vida dos cidadãos”, conclui.
Fonte: O Tempo