Acidentes domésticos aumentam nas férias

Todos os anos, quando chegam as férias escolares, é hora de os pais entrarem em pane: e agora? Nem sempre é possível tirar férias no mesmo período que os pequenos para aquela viagem em família. Eles inventam, sozinhos, as brincadeiras dentro de casa. E é aí que pode morar o problema. Esta é a época em que crescem os acidentes com crianças.   Os Bombeiros destacam alguns cuidados que pais podem tomar para não cortar a diversão e ter segurança. Segundo o sargento Emerson A. Ferreira, da Assessoria de Comunicação dos Bombeiros, água, fogo e eletricidade são os grandes vilões, mas é preciso estar atento a tudo. “A cozinha é o cômodo campeão de acidentes. No fogão, a criança pode abrir o registro de gás e causar um incêndio. Na fase de descobrir o mundo, crianças se sentem atraídas por panelas no fogo com o cabo para fora. Por curiosidade, acabam puxando e se queimam com o conteúdo quente”.   Ainda na cozinha, o bombeiro destaca o cuidado com objetos pontiagudos deixados sobre a pia ou dentro de gavetas. “Devem ficar guardados onde o acesso seja impedido às crianças”. Outro problema é o armazenamento de produtos de limpeza debaixo da pia ou na área de serviço. “As pessoas costumam reutilizar garrafas PET e a criança, vendo líquidos coloridos, pode achar que é um refrigerante ou suco e ingerir produtos tóxicos”, alerta.   Acender e apagar as luzes, colocar brinquedos ou o dedo na tomada também é diversão por toda a casa. Para evitar choques, é importante o uso de protetores. “Se achar caro na hora de comprar, é só colocar uma fita adesiva, que sai mais barato e protege”, destaca o sargento Emerson.   “Em casas antigas é comum pia, bidê ou vaso de louça, onde a criança costuma se apoiar, e ao quebrarem acabam causando cortes que podem ser fatais. Já os desinfetantes sanitários, pedras de colocar no sanitário, que são coloridos e cheirosos despertam curiosidade na criança e são tóxicos”, explica. Manter portas de banheiros sempre fechadas é fundamental.   Pode parecer inusitado, mas segundo o sargento, ainda existem registros de ocorrências de afogamentos. “Crianças pequenas podem se afogar na banheira e no sanitário ao se debruçarem. Sem forças para voltar, o sanitário tem água suficiente para o afogamento. A mãe sai de perto por um momento e o acidente acontece”.   O bombeiro chama a atenção ainda para aparelhos eletrônicos e fiação, como as luzes de Natal, que nunca devem estar expostos. “É importante seguir as recomendações que vêm com o produto ou pedir esclarecimentos de um eletricista, que saberá qual a decoração que combina com a voltagem e o ambiente, prevenindo possíveis curtos e incêndios”, completa.