SAÚDE

Acidentes e lesões nas mãos atingem homens entre 20 e 40 anos

órum Político Social divulgou levantamento exclusivo relativo a lesões agudas de punho e mão realizado em 12 hospitais do país

Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 11:59
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Apresentada esta semana no 29° Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão, em São Paulo, uma pesquisa inédita sobre a saúde das mãos e membros superiores dos brasileiros. Coordenada pelo médico Luiz Carlos Sobania, da Associação Brasileira de Cirurgia da Mão (ABCM), o Fórum Político Social divulgou levantamento exclusivo relativo a lesões agudas de punho e mão, no período de 15 a 25 de abril de 2009, realizado em 12 hospitais do país. O resultado da amostragem realizada foi de 4.258 atendimentos num período de dez dias. Os dados demonstram que as principais causas de acidentes ocorrem nos ambientes de trabalho e doméstico, já que 43% dos acidentes nas mãos são causados no ambiente ocupacional, enquanto 37,5% se devem a acidentes dentro de casa. Traumas relativos a acidentes de trânsito ocupam o terceiro lugar, com 15,17%, enquanto acidentes durante a prática de esportes, agressões e outros representam 6,3%. Os homens estão entre os mais atingidos, com 53% dos casos, e as mulheres, com 46%, sendo a faixa mais atingida dos 20 aos 40 anos, com 29,6%. Os resultados chamam atenção para a importância de um primeiro atendimento adequado após o trauma, já que dele depende toda a evolução do caso. O socorro malconduzido gera graves sequelas ao acidentado, podendo causar incapacidade funcional e custos tanto para ele quanto para a família, reduzindo a renda e aumentando os gastos. Estimativas da ABCM dão conta que, pelo menos 50% das mãos mutiladas poderiam ser preservadas se o primeiro atendimento fosse realizado por um cirurgião de mão. “É importante ressaltar que a maior incidência de acidentes e traumas da mão atingem a população economicamente ativa e que o afastamento dessas pessoas de suas respectivas atividades provoca um sério impacto econômico-social”, adverte Flávio Faloppa, presidente do Congresso. O especialista alerta, ainda, que a maioria dos casos que chega ao atendimento de emergência não recebe atendimento especializado, o que afeta o tratamento e causa sequelas irreversíveis. “Este é um quadro que precisa mudar, já que existe uma legislação específica para atender a essa demanda e que não está sendo cumprida”, completa Faloppa.  O médico refere-se à Portaria nº 3642, de 1998, aprovada pelo então ministro da Saúde, José Serra. Ela “determina que entre os médicos que compõem as equipes profissionais do Sistema Estadual de Referência Hospitalar e Atendimento de Urgência e Emergência exista o especialista em Cirurgia da Mão, considerando-se a fre-quência de lesões traumáticas de Mãos, devido a explosões, esmagamentos em acidentes automobilísticos e acidentes de trabalho”. Atualmente, essa portaria não é cumprida e nenhum pronto-socorro dispõe de atendimento médico especializado.

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