Artrose e osteoporose afetam mais as mulheres, alerta ortopedista

As doenças que comprometem ossos e articulações, como artrose e osteoporose, atingem principalmente as mulheres, segundo o ortopedista Constantino Calapodópulos. O médico explica que fatores hormonais e características próprias do corpo feminino fazem com que elas sejam mais propensas a desenvolver esses problemas, especialmente a partir da menopausa.  

“Cerca de 80% das cirurgias de artrose que realizamos são em mulheres”, afirmou o ortopedista. Ele ressalta que a artrose está ligada ao desgaste da cartilagem das articulações, especialmente dos joelhos e quadris, o que provoca dor, limitação de movimento e perda de qualidade de vida.  

No caso da osteoporose, Constantino descreve como “uma conta que a mulher paga”, em razão do ciclo natural do organismo. “Durante a gravidez e depois da menopausa, há uma perda natural de cálcio e de massa óssea. Com o tempo, isso leva à fragilidade dos ossos e aumenta o risco de fraturas”, explicou.

O médico lembra que os avanços na área ortopédica e o uso de próteses têm devolvido mobilidade e independência a muitos pacientes. “As cirurgias de prótese de joelho e quadril são cada vez mais seguras e ajudam o paciente a recuperar os movimentos e a autonomia”, destacou.  

Ele reforçou, ainda, que a atividade física regular e o acompanhamento médico são fundamentais para manter a força muscular e retardar o avanço dessas doenças. “O movimento bem orientado é o melhor remédio para a articulação. Mantém a musculatura firme, melhora o equilíbrio e ajuda a prevenir quedas”, completou.  

Para Constantino, compreender o funcionamento do corpo e respeitar seus limites é o primeiro passo para envelhecer com saúde. “O importante é não parar. O corpo humano foi feito para se movimentar — e o movimento é o que mantém a vida em equilíbrio”, concluiu.