SAÚDE

Acne lidera queixas nos consultórios de dermatologistas

Uma das especialidades médicas mais procuradas hoje é a dermatologia. Na cidade, há uma corrida para os consultórios e dificuldade de marcação...

Faeza Rezende
faeza.rezende@jmonline.com.br
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 13:29
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Uma das especialidades médicas mais procuradas hoje é a dermatologia. Na cidade, há uma corrida para os consultórios e dificuldade de marcação de consulta, com alguns médicos. Em Uberaba, um único profissional chega a fazer mais de 400 atendimentos por mês. Juntamente com as manchas de pele, a acne é um dos problemas que lideram o ranking de reclamações nesses consultórios. Segundo dados estatísticos, cerca de 70% dos adolescentes brasileiros sofrem com a doença. Conforme explica o dermatologista Luís Eduardo Giroto Micheletti, a Acne Vulgar ou Acne Juvenil é uma doença cutânea, que leva à formação de comedões (cravos), pápulas, pústulas (espinha), cistos e cicatrizes nas áreas afetadas.   Atualmente, existem diversos tratamentos no mercado, que prometem solucionar o problema. As terapias se baseiam desde o uso de produtos tópicos, como sabonetes, esfoliantes, cremes ou géis de ácidos, peróxidos e antibióticos, até inúmeros tratamentos sistêmicos como antibióticos, anticoncepcionais e a Isotretinoína oral, que segundo o médico, é de elevada taxa de cura. De outro lado, as cicatrizes dificilmente são eliminadas, podendo ser apenas amenizadas com uso de cremes, ou tratamentos como peeling químico ou cirúrgico, ou a laserterapia.   “A acne deve ser tratada a tempo de não deixar cicatrizes, já que estas são irreversíveis na medicina de hoje”, afirma o dermatologista, que orienta sobre a necessidade de se procurar um especialista, a partir do surgimento dos primeiros sinais da doença. Segundo o médico, as mulheres são mais acometidas pela Acne Vulgar do que os homens, porém, são os garotos que apresentam os quadros mais severos. Ao todo, existem cinco graus de acne. “O primeiro grau, chamado de acne não inflamatória, onde predominam os cravos, não existe possibilidade de deixar cicatrizes nos pacientes. Mas, do 2º ao 5º graus, as lesões se tornam cada vez mais inflamatórias e profundas, havendo grande chance de “marcar” o paciente pelo resto da vida”, alerta Micheletti.   Apesar de atingir tão alto número de jovens, o dermatologista esclarece que nem todo adolescente terá espinhas, uma vez que existe uma predisposição familiar para o problema. “Existem quatro fatores que levam à formação das lesões: distúrbio da queratinização folicular, hipersecreção sebácea, ação bacteriana e hereditariedade. A bactéria por si só não causa a acne, mas faz parte de todo o processo multifatorial que envolve a formação das lesões. Ou seja, não basta apenas combater a bactéria, mas sim, todo o mecanismo de formação das lesões”, destaca o especialista.   Além dessas causas, o fator emocional, comprovadamente agrava a acne. De acordo com o médico, isso acontece devido à ação do córtex cerebral sobre o sistema neuro-endócrino. Por outro lado, Micheletti desmistifica a relação entre alimentos e acne. “Não existe nenhuma comprovação científica de que eles prejudicam. Porém, tem sido observado na prática que alguns pacientes pioram após ingerirem alimentos gordurosos e chocolates. Portanto, hoje, oriento o paciente evitar qualquer tipo de alimento que ele suspeite fazer mal”, conta.

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