Primeiro contato do bebê com o profissional deve ocorrer antes mesmo do nascimento dos dentes
Foto/Mariana Ávila
Paula Regina Ávila diz que o ambiente odontológico deve se tornar familiar o mais cedo possível
Grande parte do medo que as pessoas têm de ir ao dentista é decorrente de um trauma ocorrido na infância. Por isso, é de suma importância o papel do odontopediatra. Para a doutoranda em odontopediatria Paula Regina Ávila, o ambiente odontológico deve ser familiar o mais cedo possível, pois torna o paciente mais colaborador, evitando que o primeiro contato aconteça por algum traumatismo dentário ou queixa dolorosa.
Paula Ávila considera que o primeiro contato do bebê com o profissional deve acontecer antes do nascimento dos dentes. “Na consulta, examinamos a cavidade oral e sequência de erupção dentária, com orientações sobre amamentação, presença de hábitos (sucção digital e chupetas), higiene bucal, uso do flúor, importância dos dentes de leite, alimentação (consistência e mastigação), oclusão, crescimento facial e cárie”, explica.
A especialista argumenta que o creme dental fluoretado é o mais indicado e diz que a quantidade deve ser dosada de acordo com a idade da criança. “As aplicações de flúor profissionais também auxiliam na prevenção eficaz contra a cárie”, analisa Paula, destacando que o profissional irá orientar conforme a necessidade de cada paciente.
Segundo Paula, quanto mais for possível adiar o contato da criança com o açúcar, melhor será o benefício. “A cárie é determinada também pelo estilo de vida da família, assim, hábitos de boa higiene, alimentação saudável e acompanhamento regular profissional determinam o sucesso e a parceria no trabalho preventivo do odontopediatra”, completa.