SAÚDE

Álcool: médico alerta para carnaval sem abusos

De um lado, uma cultura de excessos, principalmente de bebidas alcoólicas, durante o carnaval. De outro, as assustadoras estatísticas envolvendo...

Faeza Rezende
faeza.rezende@jmonline.com.br
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 14:04
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De um lado, uma cultura de excessos, principFAalmente de bebidas alcoólicas, durante o carnaval. De outro, as assustadoras estatísticas envolvendo o consumo dessa droga social. As duas premissas colocam a população em estado de alerta para os cinco dias de folia, já que o número de ocorrências ligadas à ingestão de álcool costuma aumentar durante o período de festa. O alerta para que os foliões aproveitem o carnaval sem abusos é do médico Cláudio Jacinto Pereira Martins, especialista em Clínica Médica e Medicina de Urgência e professor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e da Universidade de Uberaba (Uniube).   Segundo ele, quando o indivíduo só consome bebida alcoólica vez ou outra, pode incorrer a um quadro de alcoolismo agudo (embriaguez) e, com pouca quantidade de bebida (cerca de 10 a 12 doses de destilado), ser induzido ao estágio de coma alcoólico, com a falência do sistema respiratório, levando-o à morte. “Com uma quantidade média de 20 doses, até mesmo o bebedor acostumado pode entrar em coma”, destaca o médico, acrescentando que o estado de coma é decorrente de uma série de fatores, como a velocidade de absorção, ou seja, a rapidez com que o indivíduo ingere uma grande quantidade de álcool, e o estômago vazio. Além disso, a quantidade letal para as mulheres pode ser até 50% menor do que a prevista para os homens.   O ideal, segundo Martins, para evitar consequencias sérias, é que os foliões ingiram uma dose a cada hora e, sempre, intercalando o consumo de alimentos. Vale lembrar que uma dose (50 ml) de destilado tem a mesma quantidade de álcool de uma lata (350 ml) de cerveja e a mesma que um cálice de vinho. Mesmo com esse consumo mediano, é possível que os foliões garantam os efeitos positivos do álcool, como o aumento da euforia. Mas inclusive a dose mediana pode levar a riscos, por ser a bebida uma droga e seus efeitos negativos, como a agressividade, estarem separados dos positivos “por um fio”, além de causar dependência.    Conforme explica o especialista, com o passar do tempo, o organismo do bebedor contumaz aumenta a capacidade de metabolizar o álcool, necessitando assim mais doses para atingir o chamado estado de embriaguez. “De outro lado, em média, segundo a literatura, em 14 anos esse indivíduo sofre com falência hepática. Quando isso acontece, a pessoa se embriaga com menor quantidade de álcool”, avisa Martins.

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