Diversos países do mundo têm aumentado os anos de trabalho necessários para a aposentadoria, como forma de aumentar sua arrecadação. Entretanto, essas medidas parecem andar na contramão da saúde da população. É o que sugere um estudo recentemente publicado no British Medical Journal, que indica que a aposentadoria pode levar a uma redução substancial da fadiga física e mental e de sintomas de depressão.
Avaliando dados de mais de 11 mil homens e quase três mil mulheres acompanhados por sete anos antes e sete anos após a aposentadoria, pesquisadores franceses notaram que um ano antes de parar de trabalhar, um quarto deles apresentavam sintomas depressivos, e 7% foram diagnosticados com doenças crônicas – respiratórias, cardíacas, diabetes. E a aposentadoria foi associada a uma grande redução na fadiga mental e física e a uma significativa redução na depressão.
Entretanto, a aposentadoria não afetava as doenças crônicas, que, ao contrário, aumentavam com a idade.
“A aposentadoria pode oferecer mais tempo para as pessoas se envolverem em atividades estimulantes e restaurativas, como exercícios físicos”, escreveram os autores.