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A Atenção Primária à Saúde (APS) compreende uma forma singular de humanização e um novo modelo competente de cuidar das pessoas. Está em lata nas pautas das redes de sustentabilidade e qualidade. Conhecer o paciente e suas principais necessidades; compreender a estrutura dos sistemas de apoio em busca da integralidade e motivar um modelo que evita o adoecimento a partir de cuidados primários.
Para discutir esse tema, a Unimed Uberaba realiza hoje, (22) o Workshop de Atenção Primária à Saúde e traz um dos maiores especialistas do mundo no assunt o professor da Harvard Medical School, Doutor Robert Janett. O evento será às 19h no no Centro de Eventos José Maria Barra.
Mas, você sabe o que é APS – Atenção Primária à Saúde?
Um sistema, uma organização de toda a atenção à saúde. Com esse novo modelo, o médico e uma equipe multiprofissional trabalham continuamente e sistematicamente para atender às necessidades integrando ações preventivas e curativas. É uma forma integrada, que historicamente, diante da complexidade desse segmento; da necessidade de resolutividade; oferecendo sustentabilidade e promovendo a saúde, pensa um modelo de atenção organizado com estrutura para a medicina curativa e preventiva conduzido por competências.
A integralidade do cuidado
Ser cuidado por quem conhece todo o seu histórico de vida e os acometimentos no decorrer do seu existir. Toda a atenção feita por meio de profundo conhecimento, métodos e tecnologias viáveis e acessíveis. Um médico que vai conhecer as suas particularidades, suas rotinas de trabalho, questões próprias da família. Um novo jeito de praticar a integralidade, a humanização, a equidade e participação social. O médico gerencia um conjunto de ações de proteção à saúde. Essa prevenção de agravos vem de diagnósticos e tratamentos conjuntos, zelando pela manutenção da qualidade de vida dos pacientes.
Sustentabilidade e maior qualidade
Além de promover a saúde, promove a diminuição dos custos no sistema, motiva a educação para evitar o uso indiscriminado de tecnologia, ganhando resolutividade. Ganha o paciente, ganha a sociedade. Esse conceito está no centro da proposta da Atenção Primária à Saúde (APS), novo modelo de assistência que prioriza o paciente e sua saúde como um todo.
A APS já deu certo em outros locais?
Embora seja novidade no Brasil, as estratégias da APS já são reconhecidas mundialmente, e servem para melhorar a qualidade do atendimento aos clientes e promover ações de prevenção, além de diminuir os gastos e mensurar os resultados em saúde. A atenção primária é de extrema importância para todo o setor de saúde.
O que a ANS destaca sobre essa iniciativa?
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apresentou em abril de 2018, o Projeto de Atenção Primária à Saúde (APS). A iniciativa prevê a concessão, por intermédio de entidades acreditadoras independentes, de um selo de qualidade às operadoras de planos de saúde que cumprirem requisitos pré-estabelecidos. O objetivo de instituir o selo APS é estimular a qualificação, o fortalecimento e a reorganização da atenção básica, por onde os pacientes devem ingressar no sistema de saúde. O projeto propõe ainda a implementação de modelos adequados de remuneração de prestadores, com foco no cuidado do paciente, e a adoção de indicadores para monitoramento dos resultados em saúde. O Projeto APS pretende envolver a coordenação e a integração do cuidado em saúde centrado no paciente, incentivando o desenvolvimento de estratégias de cuidado integral.
Atenção Primária à Saúde e humanização
Constitui uma forma diferente de cuidar. Mais atenção à manutenção da saúde, para minimizar, cada vez mais, a necessidade de tratar as doenças. Conheça os quatro atributos da APS:
1. Acesso de primeiro contato do indivíduo com o sistema de saúde: acessibilidade e utilização do serviço de saúde como fonte de cuidado a cada novo problema ou novo episódio de um mesmo problema de saúde, com exceção das verdadeiras emergências e urgências médicas, que podem receber seu primeiro atendimento nos serviços de APS.
2. Longitudinalidade: existência de uma fonte continuada de atenção, assim como sua utilização ao longo do tempo. A relação entre a população e sua fonte de atenção deve se refletir em uma relação interpessoal intensa que expresse a confiança mútua entre os usuários e os profissionais de saúde.
3. Integralidade: abrangência dos serviços disponíveis e prestados pelo serviço de atenção primária.
4. Coordenação da atençã pressupõe alguma forma de continuidade, por parte do atendimento pelo mesmo profissional, por meio de prontuários médicos ou ambos, além do reconhecimento de problemas abordados em outros serviços e a integração desse cuidado no atendimento global do paciente. O provedor de atenção primária deve ser capaz de integrar o que o paciente recebe por meio da coordenação do fluxo entre os diversos serviços de saúde.
Fonte: Unimed