Em geral, a doença desaparece só com a aplicação de compressas frias durante três dias ou com uso de colírio.
No calor escaldante típico do verão brasileiro, a maioria das pessoas perde o apetite, acaba se alimentando mal e tem queda da imunidade. Associado a isso, o oftalmologista Queiroz Neto revela que as aglomerações em shoppings, festas e em outros ambientes fechados facilitam a proliferação de vírus, que agridem a conjuntiva provocando uma secreção transparente e viscosa. Em geral, a doença desaparece só com a aplicação de compressas frias durante três dias. Nos casos persistentes, o médico diz que é indicado colírio antiinflamatório, com acompanhamento médico, porque o uso por período além do necessário predispõe à catarata e ao glaucoma quando a fórmula contém corticóide. Para prevenir o contágio, a recomendação é abusar de frutas e legumes, que caem bem mesmo no calor, além de todos os cuidados que evitam a conjuntivite bacteriana. Filtro solar. Estudo conduzido por Queiroz Neto aponta que o excesso de filtro solar responde por 46% dos casos de conjuntivite tóxica; bronzeadores, por 39%, e a maquiagem, por 15%. Já entre crianças, o maior contato com o cloro das piscinas provoca alergia. Nos dois casos, a doença apresenta um lacrimejamento aquoso e transparente e o tratamento é feito com colírio anti-histamínico. Para prevenir, o oftalmologista recomenda evitar abrir os olhos na piscina sem óculos de natação, usar filtro solar, cremes ou maquiagem com moderação na área dos olhos, enxugar o suor com lenços descartáveis e lavar os olhos abundantemente sempre que ocorrer penetração. Quando a doença já está instalada, a recomendação é interromper o uso do agente causador e, não desaparecendo os sintomas, procurar por um oftalmologista antes de aplicar qualquer colírio, pois quando mal tratada pode progredir para ceratite (inflamação da córnea).