Dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde mostram que os brasileiros estão exagerando na dose de bebidas alcoólicas. Números apresentados...
Dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde mostram que os brasileiros estão exagerando na dose de bebidas alcoólicas. Números apresentados pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) demonstram que o percentual de consumo abusivo de álcool pela população foi de 19% em 2008, contra 17,5% em 2007 e 16,1% em 2006. No entanto, a ingestão de bebidas alcoólicas de forma irresponsável causa, também, vários males à saúde. De acordo com a nutricionista Thassiana Cecílio Martinelli, obesidade, hepatite alcoólica, cirrose hepática, desnutrição, gastrite, câncer gástrico, diminuição no desempenho sexual e indução à impotência, esterilidade, atrofia testicular e ginecomastia – aumento do volume das mamas – são apenas algumas das moléstias provocadas pelo uso excessivo ou crônico do álcool. Indiretamente, lembra a nutricionista, pode ocorrer o comprometimento de funções neurais e da massa óssea, já que o álcool compromete a absorção de vários nutrientes essenciais ao organismo humano. No caso específico dos jovens, a sujeição ao álcool causa todos os males citados, além de influir de forma direta no estado emocional, os quais normalmente já vivem momentos de instabilidade inerentes à adolescência e juventude. “Digo sempre que somos seres mutantes, prontos para aprendermos o bom e o ruim, em qualquer fase da vida, inclusive em relação ao hábito alimentar, mas quanto mais cedo se acostuma com o ruim, pior”, declara a nutricionista. Esclarece que a bebida, quando ingerida, é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal – estômago e intestino delgado –, caindo na corrente sanguínea. Assim, é distribuída pelos ossos e tecidos, atingindo de forma muito rápida as células nervosas, o que causa torpor e relaxamento — seus primeiros efeitos.