A Prefeitura de Osasco (Grande São Paulo), confirmou na tarde de ontem mais duas mortes em consequência da gripe suína - como é chamada a gripe A (H1N1). Com isso, chega a cinco o número de mortes na cidade e 19 no estado. No país, a doença já causou 41 mortes e no mundo já foram 816 pessoas óbitos, segundo dados publicados ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em nota, a prefeitura informou que os pacientes - uma mulher de 57 anos e um homem de 37 anos - morreram no dia 19 e que ambos tinham problemas de saúde que contribuíram para o agravamento do quadro. Enquanto isso, a lista de fatores de risco para a gripe suína está sob revisão. Especialistas de vários países, incluindo do Brasil, analisam o real impacto de características específicas e problemas de saúde preexistentes para o agravamento da doença. O esforço se explica pelas estatísticas até agora. No país, dos 222 casos de gripe suína com maior gravidade, somente 33,7% apresentam fatores de alerta. A maior parte dos pacientes graves atendidos no Brasil - pelo menos 66,3% - não tinha nenhuma doença pré-existente, não era idoso, gestante ou criança. “De acordo com os resultados do trabalho, fatores podem ser incluídos, outros descartados”, antecipa o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage. Imunização. Instituto Butantã, em São Paulo, informou ter capacidade para fabricar 44,2 milhões de doses de vacinas contra o vírus da Influenza A (H1N1), a chamada gripe suína. No entanto, o volume de vacinas que deve ser produzido no Brasil pela entidade ainda está sendo negociado entre o governo e fabricantes internacionais para a produção e compra de insumos contra a doença. A estimativa é de que as doses de imunização fiquem prontas para uso em 2010.