De acordo com a pesquisa, o gasto médio mensal do brasileiro com contas de água e de esgoto é de R$ 6,83 por pessoa.
Entre as capitais, Natal é a cidade com a maior proporção de pessoas que pagam contas de água e esgoto, 85,64%, contra 21,27% em Brasília.
Para Anthony Wong, médico e toxicologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), o dinheiro investido em saneamento básico diminui significativamente os custos com saúde. "Cada real que você investe em saneamento, você diminui em até dez vezes o custo com a saúde", afirmou.
Apesar de não possuir dados oficiais, o médico afirmou que os reflexos do aumento ao acesso à rede de esgoto já são sentidos no HC. "Nos últimos dois anos, estamos vendo uma melhora no estado de saúde da população atendida, com uma queda nas doenças causadas pela falta de saneamento", afirmou.
O médico lembrou, porém, que, a situação em alguns estados brasileiros ainda é muito grave. O estudo mostra que enquanto em São Paulo o déficit do acesso à rede de esgoto chega a 14,44%, no Amapá, 97,36% da população ainda não tem saneamento básico.
Esta é a terceira etapa do estudo, divulgado pela primeira vez em novembro do ano passado. Para tanto, a FGV cruza dados de várias fontes para avaliar as condições de saneamento básico da população brasileira, entre elas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).