Thassiana Macedo
Levantamento da Secretaria Municipal de Saúde aponta que a taxa de mortalidade infantil caiu de 17,3 em 2001 para 10,3 em 2010. Coeficiente é considerado baixo pela Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA), sendo a maior queda registrada em Uberaba nos últimos 10 anos.
Segundo a presidente do Comitê Municipal de Prevenção do Óbito Materno, Infantil e Fetal de Uberaba, Luciana Bessa, isso se deve à ampliação do acompanhamento feito pelo SUS à população e em especial às crianças. “Inicialmente, o trabalho é feito no pré-natal e passa pela assistência básica, com a oferta de vacinação gratuita e abrangente, e até cuidados básicos, como a realização do Teste do Pezinho, com acompanhamento nas Unidades Básicas quando qualquer alteração é detectada precocemente”, esclarece a especialista.
A presidente do Comitê frisa ainda a importância da amamentação para a qualidade de vida do bebê. “Quando se fala em prevenção e na melhora da assistência, com certeza o aleitamento materno é tema de grande importância. Por isso, a orientação é de que as mães amamentem seus filhos exclusivamente até os seis meses de vida e, a partir disso, a amamentação deve permanecer até os dois anos. Tenho certeza de que isso reflete na qualidade de vida da criança, com menor adoecimento por contaminação através do leite industrializado e mesmo pela proteção imunológica proporcionada pelo leite materno”, explica.
Luciana Bessa destaca que, para manter essa queda na mortalidade infantil, é fundamental a realização do Teste do Pezinho após o nascimento, ainda na maternidade. “Houve ampliação na realização do exame, feito a partir do quinto dia de vida, no estado de Minas Gerais, então hoje o número de doenças detectadas é maior. Com a expansão do Programa Saúde da Família, o atendimento até ficou mais fácil e mais próximo para as mães. Se a criança tem alguma alteração, rapidamente a família é convocada para um segundo teste e, se positivo, recebe o tratamento adequado gratuitamente”, ressalta.