Segundo ABP, em geral, a maior parte das pessoas que tenta colocar fim à vida sofre de algum tipo de transtorno mental
Foto/Marcelo Camargo/Agência Brasil
Segundo ABP, em geral, a maior parte das pessoas que tenta colocar fim à vida sofre de algum tipo de transtorno mental
No Brasil, há um suicídio a cada 45 minutos. Os dados mundiais indicam que ocorre uma tentativa a cada três segundos e um suicídio a cada 40 segundos. No total, chega-se a um milhão de suicídios no mundo. Provocar o fim da própria vida está entre as principais causas das mortes entre jovens de 15 a 29 anos e, também, de crianças e adolescentes.
No esforço para mudar esses números, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a data de 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Há quatro anos a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), promove a campanha nacional Setembro Amarelo.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente eleito da Associação Psiquiátrica da América Latina (Apal) e superintendente técnico da ABP, Antônio Geraldo da Silva, destacou a importância da campanha para prevenção e conscientização. “Esses números são altíssimos, mas nós sabemos que são falhos. Mesmo assim, são assustadores”, destacou.
A ABP lançou campanhas nas redes sociais ao longo deste mês para alertar sobre suicídio e oferecer apoio e ajuda. Antônio Geraldo da Silva disse que os especialistas devem abordar o assunto e buscar mais informações com psiquiatras. “A ABP quer popularizar. Nós estamos levando isso para as escolas, empresas e instituições”, afirmou o médico. “O que entristece os membros da ABP é ver que as pessoas querem abordar o assunto, mas negando a doença mental, que a depressão ou a esquizofrenia existam”, frisou.