Diante do diagnóstico, a mulher se vê diante de situações diferentes e que jamais pensou em enfrentar um dia. O que muitas dessas mulheres desconhecem é que existem alterações genéticas que aumentam a probabilidade de desenvolver o câncer e que, geralmente, são transmitidas de uma geração para outra. De acordo com o médico mastologista José Luiz Bevilacqua, do Hospital Sírio Libanês, os tumores considerados hereditários também podem ocorrer sem que haja histórico familiar e, nesses casos, geralmente aparecem em idade atípica (muito jovens <40 anos).
"Quanto menor a idade da mãe com diagnóstico de câncer de mama, maior é a probabilidade de sua(s) filha(s) desenvolver(em) a doença", explica o médico mastologista.
"Quando uma mãe desenvolve um câncer de mama após os 50 anos de idade, sendo ela o primeiro caso de câncer na família, é provável que seja uma ocorrência esporádica da doença. Nessa circunstância, é recomendável que a (s) filha (as) dessa paciente realize anualmente a mamografia e a ultra-som a partir dos 35 anos de idade. Já uma filha cuja mãe fora diagnosticada com idade de até 45 anos deve ter uma maior atenção. Aqui o indicado é que o próprio médico (mastologista e/ou oncologista) da mãe converse com as duas, orientando-as sobre como deve ser feita a prevenção", afirma o mastologista do Hospital Sírio Libanês.