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Com o rápido crescimento e envelhecimento da população, a incidência e a mortalidade por câncer aumentam no mundo, com 18,1 milhões de novos casos estimados e 9,6 milhões de óbitos associados em 2018. Relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a carga global da doença - conceito que engloba o número de anos perdidos precocemente e o número de anos que se passa debilitado devido à enfermidade - mostra que, em 185 países, o impacto está em alta. Há quatro anos, data do estudo anterior, esses números eram menores: 14,1 milhões de casos e 8,2 milhões de mortes.
A análise, feita a partir do banco de dados da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (Iarc/OMS), indica que um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres vão desenvolver um tumor oncológico em algum momento da vida. Além disso, um em cada oito homens e uma em cada 11 mulheres morrerão por essa causa em 2018. Em todo o mundo, o número de pessoas que estará viva cinco anos depois do diagnóstico - estatística chamada prevalência em cinco anos - é estimado em 43,8 milhões.
Dos 32 tipos de câncer analisados, o de pulmão é o mais comum (11,6% da incidência total), seguido de perto pelo câncer de mama feminino (também 11,6%). Em terceiro lugar, está o colorretal (10,2% de todos os novos casos diagnosticados); em quarto, o de próstata (7,1%); e, em quinto, o de estômago (5,7%). Os tumores pulmonares também são a principal causa de morte pela doença: 18,4% de todos os óbitos por câncer em 2018.
A influência do envelhecimento é clara quando se avalia a distribuição regional da doença. Embora abrigue apenas 9% da população mundial, a Europa, que passa por um processo de baixa natalidade e alta longevidade, concentra 23,4% dos casos globais. Nas Américas, que começam a acompanhar esse padrão demográfico, estão 13,3% dos habitantes do planeta, e 21% dos novos diagnósticos.