A expectativa de vida aumentou, mas de nada adianta chegar aos 90 sem independência e saúde mental
O dia 21 de setembro é considerado Dia Mundial do Alzheimer, uma doença que – infelizmente – ainda não tem cura, porém é possível trabalhar em sua prevenção de diversas formas. Manter a mente ativa é uma delas.
Segundo dados do IBGE, em 2030 terá mais idosos do que crianças pela primeira vez na história do Brasil. Em 2050, um em cada três brasileiros terão a idade maior que 60 anos.
A expectativa de vida aumentou, mas de nada adianta chegar aos 90 sem independência e saúde mental. Com cérebro ativo, é possível manter-se jovem, trabalhando, viajando, empreendendo e comemorando novas conquistas. A ginástica cerebral promove bem-estar, qualidade de vida e, principalmente, longevidade.
MAS POR QUE “POR TODA A VIDA”?
A neurociência já comprovou que o cérebro começa apresentar declínio do desempenho cognitivo antes mesmo dos 30 anos de idade, quando temos os primeiros lapsos de memória, dificuldades para se concentrar e lentidão de raciocínio.
Um estudo realizado pela Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, concluiu que as habilidades cognitivas e as conexões neurais começam a sofrer uma queda a partir dos 25 anos de idade.
A boa notícia é que o cérebro compensa parte do declínio cognitivo, baseando-se em experiências e conhecimentos adquiridos. Isso significa que seguir aprendendo coisas novas e “rechear a mente” com experiências e informações de qualidade e manter a mente ativa podem ajudar a compensar parte da perda cognitiva.
“A ginástica para o cérebro ativa as conexões entre os neurônios, que nós chamamos de sinapses. Assim, conquistamos uma rede de neurônios mais forte e robusta, fazendo com que as habilidades sejam desenvolvidas com base no conceito de neuroplasticidade cerebral, ou seja, a capacidade que o cérebro tem de se modificar de acordo com estímulos”, diz Solange Jacob.