Temperaturas baixas, tempo seco e poeira são ingredientes que aumentam em grandes proporções doenças pulmonares, gripes e resfriados. Com isso, cresce também o movimento de clientes nas farmácias em busca de medicamentos. Wagner Duarte, gerente de farmácia no bairro Estados Unidos, garante que desde a segunda quinzena de maio, quando começou a temporada de frio na cidade, aumentou a movimentação nas farmácias da rede. Ele salienta, porém, que, devido ao grande número de estabelecimentos na cidade – hoje são mais de cem –, há maior distribuição dos clientes. Por outro lado, o farmacêutico lembra que os uberabenses têm procurado a opção dos genéricos, atrás do chamado custo—benefício. “Temos muitas opções de genéricos. Além disso, está havendo um grande trabalho de publicidade e as pessoas, aos poucos, estão perdendo o receio de comprar esse tipo de medicamento”, explica. Em outra drogaria da cidade, o gerente, que não pode se identificar por causa da política da empresa, garante que os antigripais, antialérgicos e descongestionantes sofreram um salto no número de vendas que chega à casa dos 20% no mês de junho. Porém, a resistência da população em comprar genéricos ainda faz a diferença, tanto que os medicamentos de marca são os que saem em maior proporção. “As pessoas acham que não funcionam. Se fosse assim, não estariam liberados. Mas as pessoas ainda preferem os de marca”, completa. Leandro Carvalho, atendente de uma farmácia especializada na venda de medicamentos genéricos, salienta que adultos e idosos são os maiores compradores nesta época do ano, quando as vendas sobem de forma sensível. Segundo ele, a alta anima o setor e a orientação é sempre indicar o produto genérico ao cliente. “Para ser sincero, a gente ouve falar que alguns médicos orientam o paciente a não comprar o genérico, o que acaba dificultando o nosso trabalho. No entanto, desde o início do frio, as vendas já melhoraram muito”, conclui.