No verão, os grandes vilões para a saúde dos olhos são a proliferação de bactérias no ar, contato com agentes químicos ou água contaminada, além da maior exposição ao sol.
No verão, os grandes vilões para a saúde dos olhos são a proliferação de bactérias no ar, contato com agentes químicos ou água contaminada, maior exposição ao sol e evaporação da lágrima. Para piorar, no calor a maioria das pessoas se alimenta mal e tem queda na imunidade, o que facilita a contaminação dos olhos. Por conta disso, segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, nesta época do ano as consultas aumentam em 20%, sendo que a conjuntivite responde por 64% desses atendimentos; fotoceratite, por 26%, e olho seco, por 10%. A boa notícia é que todas essas doenças podem ser prevenidas com medidas simples. A conjuntivite, explica, é a inflamação da conjuntiva, que tem como principais sintomas: coceira, olhos vermelhos, pálpebras inchadas, sensibilidade à luz e lacrimejamento. Os tipos que aparecem no verão sã bacteriana, viral e tóxica. A bacteriana tem uma secreção amarelada, é altamente contagiosa e, no verão, tem como principal causa o contato com água contaminada das praias ou piscinas e compartilhamento de objetos pessoas. Crianças são as mais afetadas, por ficarem mais tempo na água e, geralmente, passam a doença para toda a família, comenta Queiroz Neto. O tratamento é feito com colírio antibiótico, que só deve ser instilado nos olhos sob prescrição médica. Isso porque quatro em cada dez brasileiros usam colírio por conta própria durante o verão e 56% dão preferência ao colírio vasoconstritor, conforme estudo conduzido pelo médico. Resultad o desconforto até melhora, mas a bactéria se torna mais resistente e pode causar complicações oculares maiores. Além disso, o uso prolongado de vasoconstritor pode provocar catarata precoce, ressalta. Para prevenir a doença, as principais recomendações sã manter as mãos limpas; não coçar os olhos e não compartilhar colírio, toalhas, fronhas ou maquiagem.