Os chocolates mais ricos em cacau em suas composições – amargos e meio amargos – têm vantagem sobre os demais
Foto/Arquivo Pessoal
Marcela Rodrigues Rocha garante que dá para consumir o alimento sem culpa
A Páscoa está chegando e, nesta época, aumenta a vontade de comer todos os tipos de chocolate, em especial, o tradicional ovo. Opções não faltam no mercado gastronômico, mas será que dá para comer sem culpa? A nutricionista Marcela Rodrigues Rocha, especialista em gastronomia e mestre em alimentos, garante que sim. “O que não vale a pena, como tudo em nossa vida, é o exagero”, afirma.
De acordo com Marcela Rocha, os chocolates mais ricos em cacau em suas composições – amargos e meio amargos – têm vantagem sobre os demais porque possuem uma composição mais reduzida em açúcares e gorduras. “São chocolates mais puros e traduzem melhor o sabor do cacau”, explica.
A nutricionista esclarece, ainda, que o consumo do cacau contribui para o aumento das concentrações de HDL, conhecido como o bom colesterol, relacionado com a diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares. “Possui também em sua composição teores de trans-resveratrol, um agente antioxidante, anti-inflamatório e antifadiga”, pontua, enaltecendo que os benefícios se estendem ao coração. “Bons chocolates, por apresentarem flavonoides do cacau em sua composição, são vistos pela ciência com potencial em reduzir riscos cardiovasculares”, acrescenta.
Marcela Rocha considera os bons chocolates como alimentos fontes de energia também pela composição de carboidratos e, conforme a qualidade deles, podem contribuir com o aporte de fibras para o nosso organismo. “Um bom chocolate não é um vilão. Aqueles com melhores composições em cacau ou sem açúcares adicionados podem ser consumidos diariamente”, afiança.
Mesmo com todos os benefícios, o consumo do chocolate deve ser feito com cautela. A nutricionista recomenda cerca de 20 gramas por dia, ou seja, apenas alguns quadradinhos. “De preferência, associando ao consumo de uma fonte proteica”, completa.